Eleições para o Parlamento O dilema de escolher entre o mau e o menos mau
Depois de semanas sem fim duma pré campanha, repetitiva e obsoleta, ao nível do que de pior se tem vindo a registar nas últimas campanhas eleitorais, seja para as autarquias, para as legislativas, para as europeias ou para as presidenciais, sem se divisar uma única ideia nova que fosse, capaz de fazer renascer nas pessoas a esperança de melhores dias, ou motivar, mobilizar e preparar o país para enfrentar com sucesso e vencer os enormes desafios com que, nos próximos tempos, mais que provavelmente virá a ser confrontado, depois de horas sem fim de intervenções nos mais diversos órgão da comunicação social e do simulacro dos debates de todos contra todos os partidos nas rádios e nas televisões, em boa verdade e para sermos honestos para connosco próprios, não há como negar que, depois de tudo espremido, tudo o que restou com interesse para o país e para as pessoas, resumiu-se a uma mão cheia de nada.
Depois de tanto tempo e recursos malbaratados, chegou finalmente o tão esperado período da campanha eleitoral para as próximas eleições, umas eleições que, a dar crédito às opiniões da maioria dos partidos, foram inoportunas, indesejáveis e desnecessárias e, enquanto tal, ninguém desejava, mas que, depois de serem marcadas para o próximo dia dezoito, despoletaram uma campanha histérica de passa culpas entre todos os partidos, que agora se atiram a elas como gatos a bofes.
Finalmente e aqui chegados, porque ao avaliar a maneira como praticamente todos os concorrentes estão a gerir os primeiros dias da campanha eleitoral propriamente dita, tudo indica que tudo continuará na mesma, para evitar que continue a degradar-se cada vez mais o interesse dos eleitores pela política e pelos seus agentes, para reverter esta perigosa tendência, antes que seja tarde, espera-se que, estes últimos dias de campanha sejam aproveitados por todos os agentes nela envolvidos para fazer tudo o que estiver ao seu alcance para reverter esta perigosíssima tendência.
Acabou o tempo de continuar a massacrar a paciência das pessoas a vender sonhos, ilusões e promessas que à partida já toda a gente sabe que não passam disso mesmo.
Está na hora de fazer um esforço para elencar e propor soluções válidas, equilibradas, possíveis e exequíveis, de acordo com as necessidades mais urgentes das pessoas e as possibilidades do país, nesta situação altamente problemática e de enorme incerteza com que o mundo se debate, situação que, para ninguém ser surpreendido por situações incontroladas com danos irreparáveis, deve ser encarada por todos com muita cautela, com toda a prudência e total sentido de responsabilidade.
Já não há como ignorar quanto, nos últimos meses, tantas coisas mudaram radicalmente e o próprio smo mundo a que estávamos habituados mudou, já não é, nem nunca mais voltará a ser, o que era.