A opinião de ...

Resposta à carta do Sr. Eng.º Aires Ferreira

Diz-se o Sr. Eng.º Aires Ferreira leitor habitual das minhas crónicas. Saberá então que nunca deixei de criticar quem entendo criticável seja do governo, seja da oposição, independentemente do partido a que pertençam. O facto de nunca ter tido nem almejar qualquer carreira política, dá-me essa liberdade que eu prezo e uso!
 
Acusa-me o Sr. Eng.º de, com um artigo de opinião, fazer campanha despudorada, inqualificável e revoltante. Só porque eu recomendo que os candidatos devem apresentar programas próprios para a resolução dos problemas locais?! Já fiz isso antes e nunca lhe causei qualquer incómodo!
Será porque sou candidato à Assembleia Municipal?
Imagino o que diria o Sr. Eng.º se eu tivesse um programa de rádio com o patrocínio da autarquia onde pudesse selecionar algumas intervenções da Assembleia Municipal e censurar outras sob o argumento que não seria candidato, sendo-o!
Do conteúdo do artigo, em si mesmo, V. Ex.ª diz pouco. Talvez por receio que eu lhe recordasse argumentos seus sobre esta mesma matéria quando era primeiro ministro Cavaco Silva e o Eng.º Aires candidato à Câmara de Moncorvo.
Mas deixe-me que eu tenha para consigo a elegância que V.Ex.ª se dispensou de ter comigo. Permita-me comentar a sua carta aberta. Não vendo nela nenhuma contestação séria do que em seu entender são os horrores que eu terei escrito, vejo sim uma propaganda e campanha pouco disfarçada para a Câmara de Moncorvo. O que me deixa perplexo! Se no seu Programa “Presidência Aberta” na Rádio de Moncorvo (a Câmara é um órgão colegial, embora no referido programa apareça resumida a uma única pessoa pelo que, modestamente, talvez fosse mais adequado chamar-se “Alô Presidente”!) é nítida a intenção de “abrir portas” para a Assembleia Municipal, na carta que me dirige, mais não fala que da Câmara, do seu Presidente e dos candidatos à mesma. Afinal o Eng.º Aires Ferreira é candidato à Assembleia, à Câmara ou a ambas?
Fala ainda nas minhas três últimas crónicas mas depois apenas refere uma delas. Porque será?
A minha crónica não tinha como destino nenhuma autarquia em particular. Saberá V. Ex.ª sabe porque se sente visado nela. Resolveu responder-me publicamente com uma carta aberta. Poderia tê-lo feito pessoalmente, por telefone, e-mail ou por carta pessoal, como eu tenho feito consigo. Cartas abertas dirigidas a Moncorvo só escrevi uma (depois de a ter enviado, sem resposta, em carta fechada) e V. Ex.ª conhece bem o resultado. Esteja descansado que a sua não terá a mesma consequência.
Apesar de terminar a sua carta com um “estamos conversados” de quem não quer mais conversa, pela minha parte aprecio muito a discussão aberta e democrática pelo que estarei sempre disponível para falar consigo e com todos os interessados sobre todos os temas da nossa terra.
 

Edição
3435

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