António Pires

O Uso Consagrado da Língua

“Toda a verdade e todo o erro, se repetidos mil vezes, tendem a converter-se no seu contrário”.
Vergílio Ferreira.
 
Inspirado na frase sentenciosa do autor de “Manhã Submersa”, como mero escrevente e falante da língua de Camões, e não por reclamar uma autoridade que, nesta matéria, não me cabe, parece-me interessante fazer aqui o levantamento de algumas situações em que, no nosso quotidiano linguístico, a persistência no erro gramatical se converte em “norma”.


Abril: O Que a Democracia Não Apagou

Uli Hoeness, ex - presidente do conselho de administração do FC Bayern de Munique e antiga glória do clube bávaro na década de 70, foi condenado, no passado mês de Março, a três anos e meio de prisão efectiva, por ter ocultado ao fisco o considerável valor monetário de 27 milhões de euros. Lida a sentença, e instado a pronunciar-se sobre a sua conduta, afirma: “Lamento o que fiz. Estou a fazer tudo o que posso para deixar este capítulo da minha vida para trás”.


O Lado Perverso das Praxes

 
Pela seriedade que o tema reclama, parece-me importante que a apreciação do mesmo, na perspectiva de quem se atreve a fazê-lo, esteja liberta de quaisquer preconceitos, sejam eles ideológicos, ou derivem da falaciosa e inconsistente moral social (baseada no confronto geracional) que “determina”, sem que nada esteja provado, que “no meu tempo é que era bom!”.


Violência Doméstica: Uma Praga em Crescendo

 
Os dados estatísticos não enganam: de acordo com a Organização Mundial de Saúde, no ano de 2013, em Portugal, 39, 4% dos idosos foram vítimas dos mais variados abusos. Desses, 3,6% são de natureza sexual, e 2,8% dizem respeito a agressões físicas.
Segundo um relatório publicado pela APAV (Associação de Apoio à Vítima), a violência física contra crianças, no seio familiar, aumentou, no nosso país, no ano de 2013, comparativamente ao ano de 2012, mais de 170%, sendo que quatro dessas crianças morreram às mãos dos agressores.


Sobre o Clube Académico de Bragança

 
Ao contrário do que acontece com a maioria das instituições deste género, que conhecem altos e baixos até à sua extinção, o Clube Académico de Bragança manteve sempre aquela imagem de um projecto sério, sustentável, com sentido, para a qual tem contribuído uma gestão cuidada e rigorosa. Extraordinário para uma colectividade que vive basicamente da quotização dos sócios e de uma modesta verba concedida pela autarquia, tendo em conta tratar-se de uma entidade que presta, na acepção da palavra, um verdadeiro serviço público.


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