OPINIÃO

Direito à honestidade

Publicado por António G. Rodrigues em Seg, 2015-05-04 14:15

Na sequência do direito de resposta publicado nestas páginas na última edição, importa saber o seguinte:
Por mais que Ricardo Pires queira atirar areia para os olhos das pessoas, há coisas que não pode desmentir.
É mentira o que diz Ricardo Pires de que eu só tenha estado presente num jogo dos Pioneiros, como se prova facilmente por diferentes registos fotográficos. 
Como provas há do envio de comunicados de imprensa do clube para a redação, devidamente, tratados, como nos compete.
Eu sei que as palavras fazem alguma confusão a Ricardo Pires mas a verdade é que em nenhuma lei de imprensa, código deontológico ou manual de jornalista está escrito que existe a obrigatoriedade de ser entrevistado o presidente de um clube em competição. É ver quantas vezes entrevistam os jornalistas Luís Filipe Vieira ou Pinto da Costa nos dias de jogo.
Mas essa queixa plasmada por Ricardo Pires no seu Direito de Resposta revela bem o espírito e a sede de protagonismo que o move e talvez explique o porquê da difícil convivência com os demais.
Não mando recados nem sirvo de moço de recados. Como bem sabe por esta experiência, o que tenho a dizer, digo. Se está com problemas de memória, que faça um esforço para recordar a conversa que teve COMIGO, durante o jogo Pioneiros-Vila Flor, em femininos, sentado atrás do banco de suplentes da sua equipa (num dos jogos em que, seguramente, a fazer fé na sua memória, não estive). Até porque muitas outras coisas haveria a comentar, como as condições em que algumas equipas dos Pioneiros vão fazer os seus jogos. Mas não entro por aí.
Mas já que é tão defensor de verdade e honestidade, tem coragem e desfaçatez de desmentir o que me disse, sem pedido de reserva de informação (o chamado off the record) sobre os critérios da autarquia para a atribuição de apoios aos clubes do concelho, nessa ocasião?
Tem coragem  e desfaçatez de desmentir o que me disse sobre os critérios do Presidente da Câmara na escolha dos eventos a que comparece, como a conferência de imprensa da Maratona Mensageiro de Bragança?
Tem coragem e desfaçatez de desmentir que tenha feito as mesmas declarações a um colaborador do Mensageiro de Bragança sobre os critérios da autarquia relativos aos apoios concedidos aos clubes do concelho noutra ocasião?
E o que tem a dizer da tomada de posição pública do jogador Arnaldo Pereira sobre um comunicado dos Pioneiros (ainda presididos, à altura, pelo próprio Ricardo Pires) na sequência da presença da Seleção Nacional de futsal em Bragança?
Como chefe de redação do Mensageiro de Bragança, não admito nem posso admitir que o nome do jornal seja instrumentalizado numa guerra de um clube com a autarquia, legítima ou não.
E, a partir do momento em que o Mensageiro de Bragança é invocado num comunicado público, com o propósito de servir como arma de arremesso nessa guerra (não está em causa a legitimidade da pretensão do clube), a resposta só poderia ser pública.
Aproveito para informar Ricardo Pires que seguiu já, de forma oficial, para a delegação de Bragança do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) um pedido de esclarecimento sobre as condições em que se efetivaram (ou não) estágios profissionais no clube durante o mandato do mesmo Ricardo Pires.
No Mensageiro não confundimos a árvore com a floresta e, na medida das nossas possibilidades, ajudamos no que podemos. Como é o caso do transporte dos Juniores para os jogos. Como Ricardo Pires bem sabe. Até assinou o recibo.

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