Esgotaram inscrições para os 30 talhões das hortas comunitárias na cidade do Tua
Um autêntico sucesso. Em menos de uma semana, esgotaram as inscrições para hortas comunitárias nos 30 talhões cedidos pela Escola Profissional de Agricultura (EPA) de Carvalhais.
O projeto anunciado na passada segunda-feira - que prevê a entrega de parcelas de terreno de cerca de 190 metros quadrados, a famílias que pretendam cultivar e dali retirar produtos para consumo – teve uma adesão de tal ordem que três dias encerraram as inscrições. “Já não temos mais talhões. Havia até duas hortas que inicialmente estavam destinadas para duas turmas do curso de agro-pecuária, uma do primeiro ano e outra do segundo, mas perante tal adesão, decidimos que as duas turmas ficam apenas com uma horta, cedendo a outra para mais uma família carenciada. Foi mesmo um sucesso, porque serão 29 talhões atribuídos a agregados que podem ir até seis pessoas”, adianta o diretor da EPA de Carvalhais.
Apesar da prioridade de atribuição de talhões ser para pessoas ou agregados familiares economicamente carenciados, Marcelino Martins revela que também se registaram inscrições de pessoas sem grandes dificuldades económicas, até porque “o projeto também serve para fomentar outros valores, como o espírito comunitário, a partilha e até como uma espécie de terapia psicológica para as pessoas conviverem umas com as outras”, ressalva.
Estão entregues os 30 talhões e dentro de algumas semanas, vai começar o trabalho agrícola. A EPA vai dar apoio técnico na produção com ações de formação sobre técnicas de agricultura biológica, manutenção de espaço público, trabalho comunitário, compostagem e promoção ambiental. A água para rega também será custeada pela escola.
Dez anos depois de ter promovido o projeto “Hortas Sociais”, na altura com a parceria do Município e da fundação EDP, e que durou pouco mais de dois anos, agora o projeto da EPA de Carvalhais é mais ambicioso porque, para além de ter uma área maior, com cerca de 190 metros quadrados, passou de 24 para 30 talhões, contempla a possibilidade de cada talhão poder ser entregue a seis famílias para cultivarem os produtos para seu consumo.
