Falta de mão de obra na construção civil atrasa lançamento de grandes obras públicas do distrito

A falta de mão de obra qualificada e indiferenciada no distrito é ainda mais grave do que no resto do país. A carência está a atrasar o lançamento e a conclusão de várias obras públicas, mas também privadas alertou Rafael Correia, delegado distrital de Bragança da Ordem do Engenheiros (OE), na passada sexta-feira, durante a apresentação da lista A, liderada por Fernando de Almeida Santos, recandidata às eleições nacionais deste organismo. “Houve um desinvestimento no passado na promoção da engenheira em termos académicos e faltou sensibilização para que novos alunos pudessem ingressar no curso. A falta de mão de obra é generalizada no interior, pois fruto da baixa densidade há menos pessoas a mobilizar-se para estas atividades da construção civil”, revelou Rafael Correia revelando que “obras projetadas para durar dois anos pressupõe um conjunto de mão de obra e equipamentos, ao reduzir esse número atrasam-se”.
Bento Aires, presidente do Conselho Diretivo da Ordem dos Engenheiros – Região Norte (OERN), acrescentou que o cenário na região transmontana “é dramático” e defendeu que “o Interior tem de despertar para a coesão territorial e conseguir atrair profissionais, talento e os nómadas digitais”.
Grandes empreitadas como a do Museu da Língua Portuguesa, já em execução, a estrada Bragança-Puebla de Sanábria, a reabilitação de habitação social e escolas, preocupam a OE. “Estamos no limite da sua instrução e do seu lançamento como empreendimentos. O que vai acontecer se não houver um volte face nos próximos dois ou três anos?”, pergunta Correia.
A mão de obra especializada e não especializada “está “em números reduzidos” e face às necessidades que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) impõe. “O número de profissionais continuam a ser inferiores. O número de engenheiros aumentou, mas efetivamente os recursos e as necessidades que o PRR obriga mantém cria um grande han