A opinião de ...

Lembrança da memória

A PSP informou que o ambiente de alarmismo que se gerou na cidade de Mirandela na semana passada relacionado com boatos sobre supostas tentativas de sequestro de jovens estudantes, que tiveram milhares de partilhas nas redes sociais, não têm fundamento. Os boatos levaram dezenas de pessoas a contactar as autoridades, na tentativa de obter esclarecimentos. No entanto, não há motivo para o alarme social criado. O comissário Bruno Machado explicou, na passada quinta-feira, 21, que a PSP tem a indicação de “uma situação identificada, notícia de crime que está associada a um comportamento tido por dois indivíduos e que foi interpretado por duas jovens estudantes da Escola Superior de Administração e Turismo de Mirandela como desviante e lhes causou receio. Existiu ainda uma coincidência entre o percurso de diversão noturna destas jovens e a presença dos putativos agressores que em tempo algum se lhes dirigiam, mas mantiveram com as mesmas uma atenção que não seria conveniente, nem comum na perspectiva das jovens”.
A PSP está a efetuar todas as diligências para despistar qualquer hipótese de crime e de comportamento ameaçador por parte dos cidadãos em causa que se faziam transportar numa carrinha. O comissário Bruno Machado deu ainda conta que uma publicação digital difundida no Instagram por um aluno da Esproarte, que terá identificado um indivíduo cujo comportamento lhe pareceu inadequado, também já foi despistada. “O indivíduo orientava o telemóvel fazendo-o a partir do interior de uma viatura e em direção ao recinto da escola, para presumivelmente fotografar o jovem. A foto difundida digitalmente pelo jovem referenciava uma matrícula”, descreveu.
A PSP informa que o proprietário do veículo é um cidadão português que já foi contactado pelos agentes. “Efetivamente é proprietário dessa viatura, localizada entretanto, mas esta era conduzida por outro pessoa e a sua conduta foi mal interpretada pelo aluno, lamentando que a sua ação fosse associada a qualquer atitude desviante. Não existe qualquer nexo de causalidade com a situação das jovens denunciantes e este caso”, garantiu o comissário. “O local adequado para projetar denuncias sobre comportamentos atípicos, desviantes e criminosos é a esquadra de polícia e não as redes sociais”, acrescentou.
Quanto à concentração de recursos policiais em Mirandela na ação de sensibilização desencadeada das escolas básicas do Convento e do Fomento no âmbito do projeto ‘Eu cuido-me’, a PSP esclarece que não existiu nenhum reforço policial para qualquer missão.
A PSP vai continuar atenta, mas está segura que os factos que originaram o alarme social não têm qualquer fundamento

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