Formandos dos cursos do IEFP recriam laço humano azul

Cerca de centena e meia de formandos que frequentam os cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) juntaram-se, na passada quarta-feira, para formar um “laço azul humano” no Centro de Apoio à Criação de Empresas (CACE), na Zona Industrial, em Mirandela, para assinalar o encerramento do mês dedicado à prevenção dos maus tratos na Infância.
A presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Mirandela adianta que foi uma atividade “sugerida” pelo comissário que representa o IEFP de Mirandela na comissão alargada da CPCJ. “Acolhemos com todo o empenho, dedicação e gosto, porque mudamos o paradigma, todas as escolas fazem este laço humano, explicam ás crianças mas também é importante explicar aos adultos. Cabe-nos muito o dever da promoção, da prevenção e da proteção”, refere Matilde Machado.
Os formandos utilizaram cartolinas azuis para este laço humano que agora vão preencher com mensagens alusivas à temática dos maus tratos na infância para entregar à CPCJ de Mirandela. Além disso, nos últimos dias todos se empenharam em várias atividades relacionadas com este assunto.
“Procuramos pelas turmas todas uma frase alusiva ao mau trato infantil que colocamos num lençol branco que está ali exposto e acho esta sensibilização muito importante porque tenho uma menina de 13 anos e acho que a infância é a melhor fase da nossa vida e que devia ser preservada desse tipo de situações, como são os maus tratos”, conta a boliviana Rocio Ximena, porta voz-dos formandos.
Ao longo do mês de abril a CPCJ de Mirandela realizou uma série de atividades relacionadas com a prevenção dos maus tratos na infância.
“Lançamos um desafio ao Agrupamento de Escolas de Mirandela, onde houve uma formação em contexto escolar a cerca de 60 assistentes operacionais, porque consideramos que são efetivamente parceiros de excelência, neste mote da prevenção. Muitas das vezes, são eles que se apercebem das situações nos intervalos sobre o que se pode estar a passar de menos positivo com as crianças e os jovens”, sublinha Matilde Machado.
“Fomos também recebendo várias iniciativas dos centros de infância particulares e públicos de Mirandela, de várias atividades, todos eles se juntaram nesta causa para explicar às crianças os seus direitos e aos pais aquilo que lhes compete enquanto prevenção”, acrescenta.
Matilde Machado admite que tem vindo a aumentar o número de sinalizações de possíveis casos de maus tratos na infância, mas entende ser o resultado de uma maior sensibilização para o tema. “Infelizmente as CPCJ atuam quando há uma denúncia ou quando há por si só uma sinalização e nós gostaríamos de inverter esses papéis”, frisa a presidente da CPCJ de Mirandela.