Mais de 22 milhões de euros para orçamento municipal “virado para as pessoas”
A Câmara de Vila Flor definiu um orçamento municipal para 2025 que ultrapassa os 22 milhões de euros “com um valor 10% superior ao do ano passado”, adiantou o presidente, Pedro Lima, sublinhado que a intervenção social “foi reforçada”.
O autarca está convicto de que se trata de um orçamento “muito humano de acordo com a marca deste mandato que é uma viragem para às pessoas e uma abertura do município das pessoas”, mas que também é “vasto nas áreas que abrange e acima de tudo muito virado para as pessoas e para a valorização do envelhecimento ativo e do combate ao isolamento”, vincou Pedro Lima.
O executivo definiu “grandes campos de ação”, onde se destaca a área social. “O envelhecimento ativo começou a dar os primeiros passos no ano de 24 e em 2025 vai ser o florescimento dessa área, com atividades como o radar social, o CLDS-5G, uma equipa multidisciplinar, que inclui enfermagem, psicologia e ação social, com um grande investimento do orçamento da câmara. A unidade de envelhecimento ativo também vai acolher a Universidade Sénior. Vamos completar a obra já iniciada em 2024 e que estará completa no início de 2025, para disponibilizar aos munícipes no final do primeiro trimestre”, referiu o autarca em declarações ao Mensageiro.
No que respeita às áreas que o presidente designa de “desenvolvimento”, como agricultura e turismo, também há uma grande aposta “na aquisição de quadros técnicos para o gabinete de agricultura e no turismo, falamos de ambiente, e temos o investimento no ecoparque, que já iniciou com um trabalho preparatório, que é quase invisível que tem que ver com o património arbóreo, que se calhar e a obra principal. Está inserido no 2030”, descreveu o autarca.
Ainda na área do ambiente, estão previstas intervenções no parque da serra. O município adquiriu 12 hectares de terrenos em Vila Flor. “Vamos desenvolver o projeto de rearborização e renaturalização dessa área, que está por cima de Vila Flor”, acrescentou.
A rede de rega do aproveitamento hidroagrícola de Freixiel vai ser completada, o “lançamento da barragem em si é fundamental”, segundo Pedro Lima.
Centro Cultural e Museu Berta Cabral vão ser requalificados
A requalificação do Centro Cultural de Vila Flor, um equipamento que nunca sofreu obras desde que foi inaugurado, bem como o Mercado Municipal. O Centro Cultural precisa acima de tudo de tecnologia mais moderna, condições de segurança e o edifício te muitas infiltrações que precisam de ser resolvidas. Vamos transformar o espaço do Mercado Municipal, continuando com todos dos negócios ali existentes, dar-lhes melhores condições, mas também vai ser dedicado ao associativismo e ao encontro dos vilaflorenses e de quem nos visite. À imagem do que se tem feito no Porto, no mercado do Bom Sucesso e no Bulhão para ter um espaço de encontro e de desenvolvimento de atividades económicas”, explicou.
Sobre o Encontro das Artes Graça Morais, que continua sem ser inaugurado, não há grandes novidades, mas a câmara está em conversações com a nova Secretaria de Estado para desenvolver o equipamento. “Foi constituída uma equipa de trabalho entre a então Secretaria de Estado da Coesão Territorial, o IPB, o município e a pintora Graça Morais. Entretanto, mudou o governo. É um projeto que deve ter uma coordenação da tutela e também do que já existe e foi desenvolvido em Bragança [Centro de Arte Contemporânea Graça Morais]. Se não houver esta coordenação não faz sentido”, justificou Pedro Lima.
O Museu Berta Cabral vai também ser intervencionado, sobretudo, para melhorar as acessibilidades e a eficiência energética. “Não tanto o projeto museológico, que permanecerá o mesmo. É um museu muito sui generis, único e queremos que permaneça assim. É quase que uma memória dos vilaflorenses, porque cresceu devido à generosidade das doações. Queremos que continue a ter esse cariz”, adiantou