A opinião de ...

Eleições

Declaração de interesses, apoio e votarei em Rui Rio.
Esta declaração significa análise, reflexão e comprometimento, no entanto, não significa seguidismo acéfalo nem vesguice propositada. Posto isto, importa escrever acerca dos ínvios caminhos dos fautores da dissolução da Assembleia da República, os quais cruzaram linhas de oportunidade de acção política de tal modo incongruentes que o notável ideólogo comunista italiano ( António Gramsci) reputaria de profunda idiotice dos manobradores do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda, enquanto o sagaz Dr. Mário Soares entraria em agitada irritação ante o desejo do «seu rapaz» António Costa.
Nestas coisas de eleições manda a prudência tomar todo o tipo de cautele e muitas chávenas de chá no prelúdio da decisão. Os clássicos escreveram acerca da hegeliana astúcia da razão muitos séculos antes de Hegel ter nascido. Sim, é verdade, os políticos de agora não morrem de amores pelos pensadores politólogos da Antiguidade, menos ainda relativamente ao «maçudo» Hegel da tese, antítese e síntese, do século XIX.
O estudioso de «todos» os livros Marcelo Rebelo de Sousa saiu galhardamente do novelo criado em virtude de ter construído um casulo a favor da aprovação do Orçamento não conseguindo refrear os ímpetos do – raiar da aurora – do PCP, da – cortina rasgada – do Bloco e da gula do primeiro-ministro da bazuca milagreira.
Agora, o pano verde da mesa eleitoral foi espanejado e sobre ele vão cair as cartas jogadas numa «suecada» onde o povo, certamente, destrunfará sendo provável que algumas manilhas (PC, BE, CDS) sejam apanhadas em passagens onde o ás de trunfo colocará o jogo a seu favor., entenda-se António Costa.
No mais a Nação aguarda pacientemente (que remédio) por um governo capaz, competente, clarividente, de modo as prementes reformas (especialmente da justiça, educação e economia) comecem a ser executadas pois Verney e demais «reformadores» viram as suas ideias de reforma serem reduzidas a notas bibliográficas de trabalhos e teses dos filhos das universidades para salvarem a pele (não me excluo-o) ao contrário da esmagadora maioria dos filhos do povo nascerem e viverem na apagada e vil tristeza desde tempo ancestrais. Tive a sorte (dá um trabalho dos diabos) de conseguir entrar no denominado ascensor social, o que devia ser para todos aquilo que é para uma minoria.
As populações do interior vão voltar a fazer parte da arenga da propaganda eleiçoeira, não custa muito, os propagandistas mudam as palavras de caça ao reduzido número de votos (eis a causa do desapego), reduzem-se ao papel do célebre Calisto camiliano pois a caça graúda está nas coutadas do litoral. Até quando? Talvez o novo volfrâmio (lítio) seja o denotador. Veremos!

PS.A abstenção dos socialistas impediu a aprovação da transferência do Tribunal Constitucional para Coimbra. A atitude farisaica é a prova provada do seu amor pela regionalização. A hipocrisia tem limites. Porca miséria!

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