“Via-sacra do Vazio” e, “Mãe dos escutas única no mundo
No Museu Abade de Baçal, em Bragança, inaugurou-se no dia 14 de maio, pelas 15h00, a exposição “Via Sacra do Vazio” de Tânia Vera Oliveira Pires. A mostra estará patente até dia 25 de setembro.
No Museu Abade de Baçal, em Bragança, inaugurou-se no dia 14 de maio, pelas 15h00, a exposição “Via Sacra do Vazio” de Tânia Vera Oliveira Pires. A mostra estará patente até dia 25 de setembro.
Saúdo a “Comenda de Mogadouro Penas-Roias, da Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Jerusalém”, que se deu a conhecer, entre nós, na última edição deste jornal[1].
A Ordem do Templo [Templários] e o Santo Graal tem sido inspiradores de inúmeros romances, de associações sociais, humanistas e altruístas e, de muita investigação séria dos que indagam, com paciência e profissionalismo, os muitos pontos ainda desconhecidos da breve mas intensa história da Ordem[2].
Há quem viva entre nós e desconheça os ritmos da nossa atividade religiosa, ou porque não somos do mundo [Jo. 17, 16], ou porque vivendo nele não o comunicamos com a clareza de Jesus [Jo. 17.20-21]. As igrejas paroquiais da cidade tem as portas abertas diariamente, e uma atividade mais intensa aos sábados e domingos.
De onde provêm a tão propalada hospitalidade transmontana? Sim a hospitalidade que cultiva tanto o receber sem reservas, em casa o conterrâneo, o que passa na rua como o que bate à porta. A porta do transmontano, durante o dia até à hora de deitar, estava sempre encostada, quando muito “cerrada” com o “caravelho”, ou com o trinco, que se abria por fora.
Quando a notícia do leilão da Igreja e da casa do despacho do antigo Convento de São Francisco, de Bragança, no final do mês transato, me surpreendeu de forma dura e abrupta decidi informar-me e informar, acerca de tão preciosa relíquia da Ordem Franciscana Secular [OFS] e da memória coletiva bragantina. A origem de tão precioso legado, com mais de 700 anos de história, só pode estar envolto em lenda, que alguns cronistas da Ordem dos Frades Menores subscrevem. E, porque não, como dizia John Ford “quando a lenda é mais interessante que a realidade, imprima-se a lenda”.
Há duas expressões recolhidas pelo Pe. Jacques Sévin e que as ouvi ao Cónego Belarmino Afonso: “as asas dos anjos não fazem parte do uniforme” e “não esperemos descobrir um santinho de porcelana debaixo de um chapéu de escuteiro”.
“Educamos para quê”? Esta foi a questão que em 2020, no início de mandato, a direção nacional do Corpo Nacional de Escutas, Escutismo Católico Português, colocou aos 71.993 filiados. O seu plano assenta em três palavras, e em três personalidades, que através do método escutista, podem ajudar a “construir cidadãos, do hoje – já e agora – e não apenas do amanhã”: SER com Carlo Acutis [2020/21], AGIR com o Pe. Jacques Sévin [2021/22] e SABER com S. Nuno de Santa Maria [2022/23].
Von Balthasar, um dos maiores teólogos do século XX, queixava-se que a religião protege e aprecia pouco a beleza, mas sem ela corre sérios riscos de não ser entendida pelos homens. A aparência desacredita a beleza. Se a beleza não for acompanhada da verdade e do bem, depressa arrasta consigo na sua misteriosa vingança, sublinha.
A devoção a Santa Rita de Cássia levou, há dias, um amigo a sugerir-me escrever sobre a santidade e, a vida dos santos. A ele, e a todos, convido vivamente a ler a Exortação Apostólica, “Gaudete Exsultate” [GE], do Papa Francisco, de 19 de março de 2018.