Bragança foi ponto de partida do 1.º Portugal de Lés-a-Lés Classic

A cidade de Bragança recebeu esta quinta-feira o arranque oficial do 1.º Portugal de Lés-a-Lés Classic, evento mototurístico dedicado a motos antigas e clássicas, promovido pela Federação de Motociclismo de Portugal. A edição de estreia reúne mais de uma centena de participantes portugueses e espanhóis, com idades entre os 18 e os 80 anos, e máquinas fabricadas entre 1928 e 1995.
A primeira etapa liga Bragança a Chaves, numa distância de 177 quilómetros, com passagem pelo Parque Natural de Montesinho, Rio de Onor e Moimenta, culminando com uma exposição no Jardim das Termas da cidade flaviense. A aventura arrancou do Castelo de Bragança, o mesmo local onde começou o primeiro Lés-a-Lés em 1999 e o primeiro Lés-a-Lés Off-road em 2015.
Beatriz Mendes é a participante mais jovem e estreia-se como pendura do pai, Pedro Mendes, numa Honda NSR 125 de 1992. “Contente com a presença e com grandes expetativas sobre tudo o que vai rodear este passeio”, afirmou a jovem.
Entre as relíquias sobre rodas está a Indian Scout de 1928 de Luís Pinto, que já conhecia Bragança. “Estive na partida do 10.º Lés-a-Lés, em 2008, rumo a Sagres. Se na altura não teve qualquer problema, agora, a caminho de fazer um século, está ainda mais preparada para estas aventuras”.
Mais atribulada foi a viagem de Daniel Paixão desde Coimbra até Bragança, que durou quase oito horas. “A moto não teve culpa, bem pelo contrário, aguentou tudo e mais alguma coisa. O problema são as modernices como o GPS que teimava em indicar o caminho pela autoestrada e IP’s onde a Macal M70 não podia andar. O resultado é que, entre outros desvios, não houve hipótese de evitar a passagem pelo meio das vinhas na zona do Douro, em percursos todo-o-terreno”.
A aventura segue agora para Vila Nova de Famalicão e termina no domingo, em Lamego, com o espírito de celebrar a história, a paisagem e a paixão pelas motos clássicas.
Fotos: DR