A opinião de ...

Se dúvidas houvesse..

Na sua mensagem para o dia as Comunicações Sociais, dada a conhecer na segunda-feira, dia de S. Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas, o Papa Francisco alertou para uma “infodemia” que desvaloriza o papel da imprensa, apelando à valorização da “escuta”, que acrescenta “credibilidade e seriedade” à informação.
“A capacidade de escutar a sociedade é ainda mais preciosa neste tempo ferido pela longa pandemia. A grande desconfiança que anteriormente se foi acumulando relativamente à ‘informação oficial’, causou também uma espécie de ‘infodemia’ dentro da qual é cada vez mais difícil tornar credível e transparente o mundo da informação”, refere, na mensagem, divulgada pelo Vaticano e citada pela agência Ecclesia, com o título ‘Escutar com o ouvido do coração’
“É preciso inclinar o ouvido e escutar em profundidade, sobretudo o mal-estar social agravado pelo abrandamento ou cessação de muitas atividades económicas”, acrescenta o Papa Francisco.
A mensagem apresenta a escuta como o “primeiro e indispensável ingrediente do diálogo e da boa comunicação”.
“Não se comunica se primeiro não se escutou, nem se faz bom jornalismo sem a capacidade de escutar”, pode ler-se..
Na semana passada, o Mensageiro revelava as dificuldades, assumidas e nunca desmentidas, da maternidade de Bragança após um dos obstetras ter adoecido, que obrigou a transferir algumas grávidas do distrito para o hospital de Vila Real.
A turba das redes sociais, qual claques de futebol, sem capacidade de distinguir o bem próprio do bem comum, gritou logo "Aqui d'El Rei", que a "imprensa está vendida a interesses partidários".
A realidade não espera acontecer apenas em altura de campanha eleitoral. E o dever da imprensa não é congelar a atualidade, à espera que passem as eleições.
No seu estatuto editorial, o Mensageiro assume-se como semanário diocesano regionalista, destinado a informar e formar, orientado por critérios de rigor e isenção, é independente de quaisquer forças económicas, ideológicas e políticas.
Portanto, nem força a realidade por haver eleições ao gosto de um partido nem a ignora por haver eleições ao gosto de outro qualquer partido.
No mesmo estatuto, o Mensageiro de Bragança compromete-se a valorizar o homem na sua autêntica dimensão, constitui-se um veículo privilegiado de informação e promoção de valores cristãos, defesa da Liberdade, da Identidade Local, Regional e Nacional.
Se, com isso, pudermos contribuir para a resolução de um problema que afeta, ou ameaça afetar, os transmontanos, podemos dormir de consciência tranquila.
Quanto às eleições, não deixe que os outros decidam por si, com ou sem pandemia... Votar é a expressão máxima de cidadania.

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3868

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