A opinião de ...

Finalmente, a chuva!

A chuva, depois de ter andado arredia do nosso convívio durante tanto tempo, cuja falta dela estava a tornar-se dramática e a causar prejuízos astronómicos, em toda a atividade económica do país, muito difíceis de avaliar no imediato os quais, como é evidente e por razões óbvias, afetaram e, inevitavelmente, continuarão a afetar severamente e por muito mais tempo ainda, todos os setores a atividade agrícola, como uma bênção caída dos céus, para gáudio e algum alívio, especialmente das pessoas que vivem mais ligadas e dependentes da vida nos campos, voltou a cair com alguma regularidade e apreciável quantidade neste primeiro mês de Outono, esperando, para bem de todos, que desta vez venha mesmo para ficar nas nossas terras como antigamente.
É evidente que estas primeiras chuvas, estando muito longe de ter resolvido tudo, mesmo assim, ao mesmo tempo que, com é visível, em algumas das regiões mais castigadas pela falta de água, já ajudaram a recuperar o que ainda tinha alguma hipótese de ser recuperado e a aliviar algumas das situações mais dramáticas de seca de estrema, bem patentes um pouco em todas as áreas da atividade agrícola, deixou também perceber, com toda a clareza, a dimensão ciclópica do muito que há para fazer e, tão ou mais importante que tudo isso, colocou na primeira fila das preocupações da humanidade a necessidade inadiável da gestão racional da água, um bem cada vez mais escasso de importância vital tanto para o nosso presente, como, e muito mais ainda, para garantir o futuro das gerações vindouras , em última análise, o futuro desta nossa casa comum que é a terra em que todos vivemos.
Porque não há mais tempo a perder e, definitivamente, acabou o tempo de continuar a brincar com coisas sérias, espera-se e exigisse-se de todos e de cada um de nós, e muito particularmente de todos os responsáveis pelas políticas de pesquisa, conservação e utilização criteriosa dos recursos hídricos ainda existentes, na dimensão exata das capacidades e das responsabilidades de cada um, o empenhamento total para a reconversão urgente dos atuais hábitos e conceitos sobre o consumo e a utilização da água, totalmente desajustados da realidade atual, evitando assim, a todo o custo, o desperdício duma única gota de água que seja, primeiro passo e única maneira de garantir que, para bem de todos, possamos continuar a disfrutar da água que ainda nos resta.
Porque a situação continua grave a exigir respostas concretas a perguntas concretas, em vez de embandeirar em arco, está na hora de parar para pensar.

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3908

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