Editorial - António Gonçalves Rodrigues

Estradas finas para um imperial futuro

Por estes dias, um concurso na televisão pública perguntava a um concorrente a que se referia no norte do país quando se pedia um fino. A resposta indicada era “uma imperial”. A questão é que “imperial” é um regionalismo, assim como “fino”, ambos referindo-se a cerveja de pressão. Mas traduz a visão centralista da capital de que o país é aquilo que se observa de uma qualquer janela do Terreiro do Paço. Mas o país é muito mais do que isso.


Moralidades

1. Durante anos, o currupio de milhões de euros à solta em empréstimos de toda a ordem e espécie, proporcionou um festim de uns poucos à custa de tantos.


Oportunidades

A vida é feita de oportunidades que, ou se aproveitam, ou se desperdiçam. Diz o ditado que quando se fecha uma porta, se abre uma janela. O problema é quando a porta não é mais do que a tal janela… de oportunidade e, uma vez fechada, não vai lá com arrombamentos.


Fadados ao estrelato

“Embora muitas pessoas digam que não, sempre houve e haverá reinos maravilhosos neste mundo. O que é preciso, para os ver, é que os olhos não percam a virgindade original diante da realidade, e o coração, depois, não hesite.”
As palavras de Miguel Torga continuam atuais como nunca. Felizmente, o que tem mudado é o coração de muitos que, aparentemente, hesita menos vezes.


Da dignidade da pessoa humana

“A Doutrina Social da Igreja, com a sua visão integral do homem, como ser pessoal e social, deve ser a bússola de todos. Tal Doutrina contém o fruto, particularmente significativo, do longo caminho do Povo de Deus na história moderna e contemporânea; contém a defesa da liberdade religiosa, da vida em todas as suas fases, do direito ao trabalho decente, da família, da educação.”

As palavas do Papa Francisco, proferidas em 2013, a propósito de uma visita de uma delegação de cerca de 200 pessoas do Instituto “Dignitatis Humanae” ao Santo Padre, permanecem atuais.


Continuam a brincar com o Interior

O Governo mandou as instituições de ensino superior de Lisboa e Porto cortarem 5% das vagas nos seus cursos para levar mais alunos a estudar no interior do país, mas menos de metade dos lugares cortados foi reforçar a oferta dessas regiões. Quase 53 por cento das vagas passaram para outras instituições do litoral, com destaque para as do Minho, Aveiro e Coimbra.


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