Entrevista a Pedro Queirós, Diretor-Geral da Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares

“Compensa investir no setor do azeite”

Publicado por AGR em Qui, 11/20/2025 - 09:24

Aproveitando a presença de Pedro Queirós, Diretor-Geral da Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares, num evento do Instituto Politécnico de Bragança, o Mensageiro aproveitou para uma conversa mais aprofundada sobre o setor agroalimentar e as tendências do futuro.
Mensageiro de Bragança: Tendo em conta que estão cada vez mais presentes as alterações climáticas, o que é que podemos perspetivar para o futuro?
Pedro Queirós: As alterações climáticas, hoje, não podem ser vistas continente a continente, nem país a país, muito menos. Tendo em conta que vivemos num comércio global, em particular de matérias-primas agrícolas, temos que ter a consciência que as alterações climáticas têm que ser tratadas numa perspetiva global. Pequenos impactos locais podem realmente transformar-se em impactos globais. Porquê? Porque há muitas matérias-primas que são comercializadas entre países e, portanto, o que está a acontecer é um fenómeno quase de protecionismo, portanto, por um lado temos as alterações climáticas, há impacto nas produções, muitas vezes redução de produção, produção com menos qualidade, e os países acabam por fechar essas matérias-primas dentro do seu próprio território, portanto, não exportar. Como depois há países que são muito dependentes dessas matérias-primas e muitos deles são países em alto risco de insegurança alimentar, acabamos por ter um problema global em que realmente a fome pode vir a ser acelerada, embora ela, neste momento, esteja com alguma estabilização, a fome mundial pode vir a ser acelerada por este maior protecionismo que os países fazem, porque ao mesmo tempo as alterações climáticas têm um impacto negativo nas suas produções agrícolas.
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