Marcelo Rebelo de Sousa participou no funeral do operador de máquinas que morreu no combate a um incêndio

O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa disse, ontem, no final do funeral do operador de uma máquina de rasto, que morreu durante o combate a um incêndio rural, em Mirandela, que “mais do que consolar é agradecer”. “Agradecer a todos que serviram a Proteção Civil, serviram ao longo deste mês continuo, muito cansativo e desgastante”, afirmou em Cotins, aldeia onde residia a vítima, Adolfo Santos, 65 anos.
O funeral, acompanhado por cerca de 300 pessoas, foi um momento de muita emoção, especialmente para a família da vítima que morreu na noite da passada terça-feira, atropelado por uma máquina de rastos que conduzia, para tentar apagar o fogo que lavrava há vários dias.
Nas cerimónias fúnebres participou ainda o Ministro da Agricultura e o Secretário de Estado das Florestas, bem como deputados do PS e do PSD, autarcas e responsáveis ligados a organismo como o ICNF e a CCDRN.
O Marcelo Rebelo de Sousa elogiou ainda as populações e os emigrantes que vieram passar o verão com a família. “Houve um esforço conjunto de combate, com grande dedicação e heroísmo e, naturalmente, as suas populações. Contam a sua história e eu agradeço-lhe o que fizeram. É impressionante esse testemunho”, acrescentou.

O Chefe de Estado destacou que mais do que saber o que falhou no combate aos fogos este verão, é preciso fazer melhor. “Sensibilizar todo o país. Este país que aceita facilmente que para circular numa grande metrópole sejam investidos 200, 300 ou 400 milhões, mas não percebe que é tão urgente investir 100, 200 ou 300 milhões na prevenção dos fogos”, vincou.