Covid-19: Distrito volta a aproximar-se dos mil infetados com nova subida

O distrito de Bragança voltou a aproximar-se dos mil infetados com o vírus Sars-Cov2 depois de nos últimos dias (dados até 01 de maio) ter havido registo de nova subida de casos positivos na região.

São mais 115 pessoas infetadas do que na semana passada, com o concelho de Alfândega da Fé a ser, desta vez, aquele que concentra a maior subida (são mais 29 casos).

Apenas os concelhos de Carrazeda de Ansiães, Mogadouro e Vimioso viram o número de infetados descer relativamente àquilo que acontecia na semana passada.
De acordo com os dados a que o Mensageiro teve acesso, a distribuição de casos no distrito de Bragança no passado dia 01 de maio era a seguinte, por concelho:

Alfândega    44 (+29)
Bragança    274 (+6)
Carrazeda    66 (-7)
Freixo    23 (+13)
Macedo    69 (+19)
Miranda    69 (+15)
Mirandela    157 (+8)
Mogadouro    37 (-15)
Moncorvo    25 (=)
Vila Flor    45 (+6)
Vimioso    45 (-16)
Vinhais    54 (+3)
Total    907 (+115)

Esta subida de casos representa um aumento de 14,5 por cento face à semana anterior.

Nesta altura, começa a haver novamente notícia de casos entre alunos de várias turmas na região.

O aumento de casos, que tem sido generalizado, levou mesmo as autoridades de saúde a ponderarem um quarto reforço de vacinação aos maiores de 80 anos a partir de setembro, altura em que, tradicionalmente, começam a surgir mais casos.

No ano passado, por esta altura, o distrito de Bragança tinha apenas 11 casos, enquanto que em 2020, ano em que começou a pandemia, eram 170 os casos ativos no dia 04 de maio.

Internamentos ao mesmo nível dos anos anteriores

Se o número de casos ativos tem sido, este ano, bastante superior ao verificado nos anos anteriores, o número de pessoas a necessitarem de tratamento hospitalar mantém-se praticamente inalterado face aos anteriores dois anos de pandemia.

Assim, de acordo com os dados fornecidos ao Mensageiro pelo Gabinete de Comunicação da Unidade Local de Saúde do Nordeste, ontem estavam internados 27 doentes em enfermaria - menos oito do que há uma semana - e um em cuidados continuados (menos dois do que na semana anterior).
A média de idades dos pacientes internados em enfermaria é de 83 anos (mais um do que na semana passada).

Comparando com a situação hospitalar verificada nos anos anteriores, constata-se que em 2021 havia um total de 33 doentes internados (dos quais 29 em enfermaria e 04 em UCI), enquanto que em 2020, a 05 de maio, eram 26 os doentes internados (dos quais 21 em enfermaria e 05 em UCI).

 
 Quer isto dizer que, apesar de haver, agora, muitas mais pessoas infetadas, a gravidade da doença diminuiu pois o número de pacientes internados era sensivelmente o mesmo, sendo que, agora, há menos doentes em cuidados intensivos.

O sistema de altas também foi atualizado entretanto. Agora, considera-se que um paciente infetado tem alta automaticamente ao fim de sete dias quando, no início da pandemia, eram necessários dois testes negativos consecutivos, o que implica que houve pessoas a ficarem infetadas durante vários meses. Caso o mesmo sistema ainda estivesse em vigor, os números seria hoje muito superiores.

Assim, apenas cerca de três por cento dos pacientes infetados atualmente estão a necessitar de tratamento hospitalar.