Nordeste Transmontano

Na hora da vitória Jorge Gomes fala em “chantagem” e “pressão” e aponta o dedo a alguns camaradas e uma governante

Publicado por AGR em Sáb, 2020-07-18 00:03

Foi “uma vitória bastante interessante” aquela que Jorge Gomes obteve esta noite nas eleições para a Federação de Bragança do Partido Socialista, com quase 63 por cento dos votos mas, na hora da vitória, não esqueceu aqueles que participaram “de forma vergonhosa” numa campanha contra si.

O reeleito presidente da Federação Socialista apontava baterias a alguns dos seus adversários dos últimos anos.

Foi uma vitória bastante interessante, prevista desde que lançámos a candidatura. Uma vitória clara do Partido Socialista, que se reafirma democrático. Estamos para durar e trabalhar. Ganhei com quase 63 por cento, que é uma diferença substancial”, frisou, endereçando, depois, o discurso para Júlia Rodrigues, a candidata derrotada.

“A camarada foi apenas a face visível de uma derrota. Há todos os que se envolveram nesta candidatura e que são a face menos visível. Eu não ganhei as eleições mas todos os camaradas.

Na derrota não é assim. Há uma camarada Berta Nunes, membro de um Governo, há um Mota Andrade, um Fernando Peixinho, um Vítor Pereira, que têm vindo a fazer consecutivamente que os candidatos que apoiam percam eleições”, disse.

Considerando que foi eleito “com base na educação, no respeito, na transparência”, acusa os adversários de manobras menos “democráticas”.

“Para mim não há feridas abertas. Os que se associaram à candidatura da Júlia Rodrigues são os que em tempos mais destruíram a Júlia e Mirandela e agora se aliaram para me destruir a mim, mas não conseguiram.

Para mim, os valores do partido são os principais, a unidade e, acima de tudo, a afirmação do distrito junto do poder central bem como o apoio a António Costa.

Quando as pessoas, para ganhar votos, oferecem emprego ou quando se faz chantagem e pressão que não são bem democráticas nem dos valores socialistas...”, disse Jorge Gomes.

O deputado do PS vai começar agora um terceiro mandato na Federação Distrital, segundo consecutivo, tendo as eleições autárquicas como principal objetivo.

“É o grande trabalho que temos pela frente. Temos 12 concelhos, não somos poder em cinco, temos de lutar para ganhar mais câmaras”, concretizou.

 

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