O Aeródromo de Bragança e o desenvolvimento de toda a região envolvente
Em 30 de Julho de 2008 a empresa AEROCONDOR, que nessa altura fazia as carreiras aéreas entre Lisboa Vila Real Bragança, realizou o primeiro voo inaugural que ligou Paris a Bragança, com escala pela cidade Francesa de Agen (Toulouse).
De facto, a Câmara Municipal de Bragança, tem desenvolvido há uns anos a esta parte uma estratégia de desenvolvimento e melhorias do «seu Aeródromo Municipal », que culminaram com a ampliação da pista para 1700 metros e 23 metros de largura, o que permitiu outras opções operacionais, com aeronaves de médio porte (100/140 lugares).
Os voos na ocasião entre Bragança e Agen pretenderam satisfazer a comunidade de emigrantes residentes em França, oriunda desta região, que há muito solicitava este serviço.
Mais : a AEROCONDOR, caso esta experiência corresse bem o que tudo indicava que sim, tinha todo o interesse em garantir essas ligações no futuro, com voos quinzenais durante o Inverno, e dois voos semanais no Verão.
Assim aconteceu: o primeiro voo Paris-Agen-Bragança teve lugar numa sexta-feira, e o voo Bragança-Agen-Paris seria ás segundas-feiras.
Deste modo na ocasião (Julho de 2008), o preço cobrado por esta viagem de avião era de 149 Euros num percurso de pouco mais de três horas de voo, o que comparado com aproximadamente 14 horas de automóvel (mais de 600 Euros em combustível, portagens, cansaço, insegurança das estradas, etc).
Portanto, as gentes de Bragança viram na pequena aeronave (ATR-4) com capacidade para 48 passageiros, a qual fazia esta carreira, um pequeno milagre para o desenvolvimento da região, ficando a poucas horas de outros países.
Infelizmente nesta data em que escrevemos, (24 de Janeiro DE 2015) nada disto existe, bem como as carreiras aéreas entre Lisboa-Vila Real-Bragança, que como vem sendo anunciado irão neste Verão ser retomadas.
Dispondo a cidade de Bragança de condições do seu Aeródromo poder ser o Aeroporto Alternante de Pedras Rubras da cidade do Porto, não se percebe, porque razão as entidades competentes: INAC (Instituto Nacional de Aeronáutica Civil, Ministério dos Transportes etc) não concedam ao Aeroporto de Bragança a funcionalidade como Alternante.
De facto, como se sabe o Alternante de Pedras Rubras é o Aeroporto de Lisboa ou de Madrid. Um avião que não consegue aterrar no Sá Carneiro, Pedras Rubras, Porto, por razões meteorológicas ou outras, tenha que ir para aqueles Aeroportos com todos os inconvenientes daí resultantes.
A infra-estrutura Aeronáutica de Bragança já está preparada com alguns ajustamentos pontuais para exercer a sua função de alternante.
A cidade de Bragança com as novas auto estradas que a servem, está a cerca de uma hora e trinta minutos do Porto, via auto.
Finalmente, verifica-se que em Bragança os responsáveis Autárquicos continuam a demonstrar que a vontade dos homens quando estimulados pelo sentimento de amor á sua terra, do seu progresso e da sua mudança, conseguem, minorar carências e proporcionar ás populações que representam, um incentivo concreto que lhes permita tornar mais vivas as suas aspirações e anseios para uma melhor qualidade de vida.
Parabéns a Bragança.