A opinião de ...

O Festival…o Butelo…as Casulas… …e a Praça da Sé!...

Como é do conhecimento geral, decorreu, de 21 a 23 do passado mês de Fevereiro, o Festival do Butelo e das Casulas de Bragança 2014.
Tal como já aqui referi, tratou-se da II Edição deste Festival, que surgiu na sequência do I Fim-de-semana do Butelo e das Casulas de Bragança, levado a efeito em 2012, também no mês de Fevereiro.
Ainda que mais nada tivesse conseguido fazer, o que não verdade, não há dúvida alguma que foi o surgimento da Confraria do Butelo e da Casula que, não só despertou/renovou o interesse geral por esta iguaria da gastronomia da Terra Fria Nordestina, como potenciou a sua divulgação e inerente promoção, quer ao nível local, quer regional, nacional, ou mesmo internacional.
Sendo esse o principal objeto da Confraria, tenho a certeza que o trabalho realizado vai de encontro aos propósitos que estiveram na génese da sua criação. Assim outras organizações cívicas protagonizassem os seus objetivos teóricos com realizações práticas.
Bom, mas o que me leva a abordar, de novo, este assunto, prende-se, sobretudo, com a forma como decorreu a II Edição do Festival do Butelo e das Casulas de Bragança.
Por aquilo que foi possível analisar e avaliar, não restam dúvidas de que este evento, foi um inegável sucesso, nomeadamente se tivermos em conta a forma como decorreu, sobretudo com a exposição/venda dos Butelos e das Casulas e demais produtos regionais, na Praça da Sé.
E se os vinte e cinco restaurantes aderentes beneficiaram da vasta ação de promoção desenvolvida pela organização, em Portugal e na vizinha Espanha, não é menos verdade que a instalação de uma apelativa tenda na Praça da Sé, com toda a animação complementar, se revestiu de grande interesse para o certamente em si mesmo, mas também para os expositores/vendedores do concelho, para a dinamização global da cidade e da região.
Por outro lado, com a realização deste certame, tendo como referências promocionais o Butelo e a Casula, produtos desconhecidos de uma grande maioria do povo lusitano, foi desenvolvida uma campanha mediática da cidade de Bragança que, de outra forma, dificilmente aconteceria. Também, por isso, a aposta foi importante e conseguiu os objetivos, divulgar, promover a região e os seus produtos, tornando-se um valor acrescentado para o Nordeste Transmontano.
Com condições adequadas para o efeito, os expositores presentes tiveram o privilégio de apresentar o que de melhor conseguiram fazer/produzir, sendo que, para além da comunicação personalizada com os consumidores, tiveram oportunidade de estabelecer contactos para futuras transações comerciais.
Se as vendas efetuadas ultrapassaram as expetativas mais otimistas, a movimentação e a dinâmica conseguida por via da instalação da tenda em pleno Centro Cívico da Cidade de Bragança, tornou-se um fator acrescentado de motivação, contentamento e satisfação generalizada, não só pelos comerciantes daquela zona, como também por quantos brigantinos ali se deslocaram, para já não falar do considerável número de visitantes/forasteiros que visitaram a Bragança por via do interesse despertado pelo Butelo e pelas Casulas.
Ora, assim sendo, acabou por se perceber, mais uma vez, que a Praça da Sé e toda a zona envolvente continuam a ser o verdadeiro Centro da Cidade de Bragança, para onde os brigantinos convergem com mais facilidade e identidade. Interessa, com efeito, que outras realizações cívicas, culturais e empresariais ali se desenvolvam, na certeza que terão mais gente e vontades que as envolvam.
Neste contexto, não posso deixar de salientar e valorizar a ideia de levar por diante a centralização do Festival do Butelo e das Casulas na Praça a Sé.
E se a Câmara Municipal de Bragança, merece uma positiva apreciação pela forma como tem apostado na promoção e valorização do Butelo e da Casula, culminada com a organização de um Festival, contando sempre com a colaboração e disponibilidade da Confraria, que confere a estes dois produtos identidade própria, não deixa de ser de especial referência a escolha do local, ideia a que não será alheia a forma como o novo edil, Hernâni Dias, se pretende relacionar com a cidade, o concelho e os brigantinos.

Edição
3463

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