Bragança, Macedo e Mirandela recebem financiamento para mais alojamentos para estudantes

Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela são algumas das primeiras cidades do país a serem contempladas com verbas de um fundo a ser criado pelo Governo para a recuperação de imóveis para construir mais alojamentos para estudantes.

O anúncio foi feito pelo Secretário de Estado da Ciência e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, na sessão solene dos 36 anos daquela instituição.
“Vai ser criado um fundo. Vai sair um decreto-lei que define já as obras de investimento direto. Haverá ainda acordos que estamos a ajudar a implementar e que vai acontecer aqui na região”, prometeu Sobrinho Teixeira.

“Haverá acordos entre as Câmaras e um fundo do Governo. A perspetiva é atuar como fator moderador de uma realidade que é termos uma economia que depende muito do ensino superior. A nossa perspetiva não é substituir-nos a esta economia mas aumentar o alojamento para que haja mais estudantes no ensino superior e ajudar a regular o mercado, que não se auto-regula”, explicou. O objetivo é disponibilizar 12 mil camas em todo o país nos próximos quatro anos. Chaves e Vila Real também serão contempladas.

O antigo presidente do IPB respondia, assim, ao presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, que na sua intervenção pediu mais investimento do Governo nesta matéria. “Estamos disponíveis para ceder mais dois edifícios na zona histórica. Assim haja vontade e dinheiro da vossa parte”, garantiu o autarca social-democrata.
Hernâni Dias deixou ainda o repto de aumentar o número de vagas a atribuir a instituições do interior do país. “Mais vagas e regras apertadas para que não fujam para o litoral.
Agora está na sua mão e do seu Governo”, sublinhou.

Secretário de Estado promete aumento de vagas

Sobrinho Teixeira também respondeu a essa questão.
“No ano passado houve a política de aumentar vagas no interior. Defendi essa política e o pensamento não muda de um dia para o outro. Nomeámos uma comissão para fazer uma análise mais fina que nos vai ajudar a ver de forma mais objetiva quais as áreas formativas em que o país deve ter expansão e nessas não deverá haver redução. Também queremos continuar essa política de coesão territorial. É algo necessário ao país. São instituições públicas que devem seguir políticas públicas e a política de coesão territorial é uma política pública”, começou por explicar.

“Mas é uma oportunidade para que haja mais tempo para que novas qualificações e pós-graduações possam surgir no país. Portugal precisa de ter mais alunos a frequentar mestrados, precisa de mestrados reconhecidos internacionalmente e isso é importante para captar alunos e evitar a fuga de cérebros”, sublinhou Sobrinho Teixeira.