Nordeste Transmontano

IPB assinalou 36 anos com homenagem a Sobrinho Teixeira, Amadeu Ferreira e a Angola

Publicado por AGR em Sex, 2019-02-01 16:32

Numa altura em que atingiu o máximo histórico de alunos inscritos, com 8200, o Instituto Politécnico de Bragança celebrou segunda-feira 36 anos, com homenagens ao antigo presidente, Sobrinho Teixeira, ao defensor da língua mirandesa, Amadeu Ferreira (a título póstumo) e ao Instituto Politécnico de Kuanza Sul, em Angola.
“O IPB cresceu substancialmente. Estamos com mais de oito mil alunos, a nossa produção científica está a aumentar significativamente. O que pretendemos agora é pôr este potencial ao serviço da região, cooperar mais com as empresas.

Queremos ser uma instituição que vai marcar a dianteira na inovação formativa, com competências mais sólidas na pro-atividade, espírito de equipa”, explicou o atual presidente da instituição, Orlando Rodrigues. “Entendemos que, até pela natureza politécnica do instituto, temos de fazer um trabalho próximo com as empresas, no sentido de promover a inovação e competitividade, e formar os nossos alunos mais preparados para os desafios. As competências que serão exigidas aos novos profissionais são muito diferentes das competências clássicas. Precisam-se de pessoas mais pró-ativas, com formação pluridisciplinar, com uma capacidade de trabalhar em equipa. São competências fundamentais que o nosso sistema clássico de ensino não privilegiava muito”, sublinhou o presidente do IPB.

“Atribuímos a nossa medalha de honra ao instituto politécnico do Kuanza Sul, com quem colaboramos há muito tempo e com quem temos relação de cooperação. Na circunstância faz-se também homenagem ao povo angolano e também uma homenagem a Amadeu Ferreira, de grande relevo na língua mirandesa e cultura transmontana, que fez parte do concelho geral”, explicou.

Ondjaki, um dos escritores angolanos de maior sucesso atualmente, foi convidado a proferir uma oração de sapiência, em que falou de emoção e tolerância. “Parece-me uma ponte interessante, que cria outros laços. Esta cerimónia é disso exemplo e é de louvar. É interessante que a presença de outros povos se faça noutra periferias e não nas centralidades”, frisou o escritor angolano, a quem chegam boas referências do IPB. “Ouço dizer que a instituição é muito boa e de qualidade”, apontou.

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