Política

PSD avança para revalidar os dois deputados eleitos pelo círculo de Bragança

Publicado por Glória Lopes em Qui, 2019-08-29 11:03

O PSD quer manter os dois deputados eleitos nas legislativas em 2015 no círculo eleitoral de Bragança, onde o partido avança com o mesmo cabeça de lista, Adão Silva, e em segundo apresenta Isabel Lopes, no lugar que há quatro anos foi preenchido por José Silvano, que desta vez é o número dois na lista de candidatos por Lisboa. "A nossa expectativa é que no fim desta campanha eleitoral e das eleições, a população tenha mais oportunidades e possa usufruir do desenvolvimento mais sustentado para o futuro", explicou Adão Silva, atual deputado social-democrata na Assembleia da República, que lamenta a perda de eleitores no distrito de Bragança.

"A perda de população é obviamente terrível porque enfraquece e debilita o distrito e torna-o menos pujante. Nós estamos cá para lutar, para reverter a situação e encontrar soluções para que se atraia mais população e se fixe aquela que quer aqui viver", referiu o cabeça de lista do PSP, à saída do Tribunal de Bragança, após a entrega da lista de candidatos a deputados, na passada sexta-feira.

Nesta altura os social-democratas não estão preocupados com a possível fuga de votos para o Partido Aliança, liderado por Pedro Santana Lopes, que ocupou vários cargos nacionais no PSD. "As eleições europeias deixaram muito claro que em termos de resultados eleitorais não tiveram um valor por aí acima. Mas eu não vou estar no exercício de contabilidade eleitoral, eu e a equipa vamos estar, sobretudo, apostados em dizer às pessoas que nós, como fizemos no passado, vamos lutar pelo desenvolvimento do distrito de Bragança e pelo bem estar das populações para que não haja uma sensação de discriminação contra as pessoas do distrito, para que estas se sintam tão filhos como qualquer outro português deste país que é Portugal", afirmou.

Rejeitando veementemente as críticas do CDU, Aliança e do Bloco de Esquerda que acusaramm os deputados eleitos pelo círculo de Bragança "de não dar voz ao distrito", Adão Silva diz que se trata de "uma visão desfocada da realidade", e argumenta com o trabalho que desenvolveu na Assembleia da República, onde, apresentou 25 projetos de lei, 69 projetos de resolução, 170 perguntas ao governo, 27 requerimentos e 51 intervenções em plenário, algumas das quais têm a ver com o distrito, como a questão das alheiras de Mirandela, na sequência da polémica espoletada pelo surgimento de vários casos de botulismo; o Plano Nacional de Investimentos; a falta de dotação do Hospital de Bragança de apetrechos tecnológicos; a não realização de obras no bloco operatório naquela unidade de saúde e, mais recentemente, as questão da intempérie em Mogadouro, em que uma trovoada de granizo destruiu vinhas e outras culturas. "Trabalhamos muito. Fiz bem o meu papel", garantiu Adão Silva.

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