Mirandela

Urgência médico-cirúrgica mantém-se encerrada enquanto não houver mais médicos

Publicado por Fernando Pires/AGR em Ter, 12/23/2025 - 11:49

O diretor executivo do SNS (Serviço Nacional de Saúde) diz que não há qualquer previsão de datas para a possível reabertura da urgência de cirurgia-geral do hospital de Mirandela, que está encerrada há mais de dois anos, uma medida implementada pela administração da ULS do Nordeste, mas sob a justificação de que seria uma situação temporária.

Na recente visita a Bragança, Álvaro Santos Almeida deixou entender que, enquanto os recursos humanos disponíveis forem os atuais, não será possível reabrir aquela valência da unidade hospitalar de Mirandela.

“Nós temos que utilizar os recursos que temos da forma mais eficaz possível e, neste momento, a solução que existe é essa. Se os recursos disponíveis forem diferentes, certamente a Administração tomará uma decisão diferente. Enquanto os recursos disponíveis forem estes, será essa a situação”, disse em declarações registadas pelo Mensageiro de Bragança.

Questionado sobre se não há meios que queiram entrar no concurso ou não há sequer concurso, o diretor executivo do SNS afirma que tem “respondido positivamente a todas as necessidades que são colocadas pelo Unidade Local de Saúde do Nordeste”. “Portanto, as necessidades são aquelas que existem. Depois, naturalmente, há também essa dificuldade. Uma coisa é nós atribuirmos as vagas, depois as vagas serem preenchidas, mas isso é uma fase que veremos, é a fase seguinte, vamos ver se as vagas serão preenchidas”, acrescentou.

Recorde-se que o encerramento da urgência de cirurgia-geral do hospital de Mirandela, em outubro de 2023, começou por ser uma medida temporária justificada pela administração da ULSNE para fazer face aos constrangimentos na elaboração de escalas devido à recusa da maioria dos médicos em realizar trabalho extra para lá das 150 horas, estipuladas na Lei.

Os três cirurgiões que prestavam serviço na unidade hospitalar de Mirandela foram alocados à urgência do hospital de Bragança e, posteriormente, ficou a saber-se que aqueles profissionais de saúde manifestaram a sua indisponibilidade para continuar a realizar serviço de urgência, devido à sua idade e a Lei protege-os, dado que os médicos podem optar por não trabalhar à noite nos serviços de urgência, a partir dos 50 anos, e, depois dos 55, podem pedir dispensa total do trabalho nas urgências.

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