A opinião de ...

Dos Santos ao Advento, nem muita chuva nem muito vento

Não há volta a dar à situação, sucedem-se os largos períodos de tempo anticiclónico, chegamos uma vez mais a novembro com um padrão anómalo que promete persistir ainda por mais dias / semanas, tal ocorre não apenas na nossa região, mas também no país. As altas pressões não dão trégua, garantindo que o Verão de São Martinho não seja apenas de 3 dias e mais um bocadinho, a estabilidade já vem detrás e promete continuar, esperemos que não arruíne também este mês como arruinou o mês passado na nossa região, vejamos algumas conclusões que podemos retirar do relatório mensal do IPMA:
O mês de outubro de 2021, em Portugal continental, classificou-se como muito quente em relação à temperatura do ar e normal em relação à precipitação, sendo que na nossa região em particular foi quente e seco. Verificou-se, em relação ao final de setembro um aumento dos valores de percentagem de água no solo em particular nas regiões do Norte e Centro, no entanto ainda se mantêm valores muito baixos, inferiores a 20 %, em alguns locais do território, nomeadamente na região do vale do Douro, Tua e Sabor. O menor valor da temperatura mínima do ar 0.2°C foi registada em Carrazeda de Ansiães nos dias 24 e 28.
No que toca ao acompanhamento e monitorização da seca, verificamos que toda a região se encontrava no dia 31 de outubro na classe “normal”, ou seja às portas de entrar novamente em seca meteorológica, que a confirmar-se a ausência de precipitação nas próximas semanas poderá ocorrer já em Dezembro, logo no arranque do inverno meteorológico, o que é um pouco desconcertante para quem recorda outonos de outros tempos, que sim, poderiam ser chamados de outonos, com chuvas repartidas ao longo do período, uma miragem neste “novos tempos”.
Nos próximos dias iremos continuar com tempo aborrecido e sem grandes novidades que vos possa adiantar, pelo menos de momento não há alteração de condições no curto e médio prazo. Por vezes os modelos vão mostrando possíveis alterações no largo prazo, mas sempre a distâncias muito significativas e sem conseguirem impor essa tendência, pelo que se cumpre a máxima de que o anticiclone nesta época do ano é de facto o nosso maior pesadelo, pois persiste e persiste, o mais destacado serão as temperaturas frescas durante as noites e manhãs e algum nevoeiro nos vales e terras baixas, nada mais, não se vê chuva nem frio intenso no horizonte.
Dada a incerteza das previsões a prazo, aconselhamos o acompanhamento das atualizações de todas as informações na página de Facebook e Twitter do Meteo Trás-os-Montes.

Edição
3858

Assinaturas MDB