Opinião!... Turistar até... ….Torre de Moncorvo!...
O gosto pela descoberta, que nos permite ousar e entrar no desconhecido, é potenciador do conhecimento e gerador da interação positiva, dando oportunidade de testar novas ideias, adquirir novas aprendizagens, estimulando a liberdade, o empenho do investimento pessoal e a confiança com que nos abrimos aos outros.
É, pois, importante potenciar motivações e criar condições para que as realizações aconteçam num contexto de partilha da vida, com vida, tanto quanto possível, com valores positivos acrescentados, para o nosso crescimento e conhecimento.
É precisamente neste contexto, que a Confraria do Butelo e da Casúla, apara além da sua vertente de promoção e divulgação gastronómica, procura pautar a sua programação e ação.
Dentro das várias realizações que vai desenvolvendo, a Confraria do Butelo e da Casula levou a efeito, no passado dia 27 de Setembro, dia Mundial do Turismo, uma viagem à histórica vila de Torre de Moncorvo.
Sustentado no seu dinamismo voluntarioso, o Confrade, Paulo Jaloto, empenhou-se na concretização de um interessante programa, para o que contou com a disponibilidade e fraqueza da Câmara Municipal da terra onde habita e trabalha.
Em termos climatéricos, o dia não estava convidativo. Chuvoso e frio. Mas pronto, a alegria entusiasmante e a boa disposição reinante, sempre emergente, do Paulo Jaloto, conseguiu fazer esquecer a contrariedades do tempo.
Recebidos no Posto de Turismo, por duas simpáticas técnicas da especialidade, que nos brindaram com um acolhimento de fazer inveja a gente convencida de outras paragens da região, ficou, desde logo, a ideia que nada iria acontecer por acaso, durante a jornada turística/cultural. E, se melhor pensámos, o melhor aconteceu.
Pelos vistos, o município de Torre de Moncorvo não brinca, também quando se trata de bem receber e mostrar o melhor que tem a quem visita o concelho.
Com efeito, disponibilizando para nos acompanhar, a diligente e simpática técnica de turismo, Andreia Dias, do Posto de Turismo, fomos encaminhados para o Museu do Ferro, mas não sem antes visitarmos a célebre Igreja Matriz.
No Museu do Ferro, para a maior parte dos presentes ainda desconhecido, a comitiva de Confrades foi, exemplarmente recebida, tendo sido dadas explicações pormenorizadas de toda a história mineira daquele concelho, apresentado o rico espólio.
Dirigimo-nos, depois, à Biblioteca e Centro de Arquivo Histórico. Aqui, para além da receção do Exmo. Presidente da Câmara, Nuno Gonçalves, foi proporcionada uma visita guiada, dando a conhecer o respetivo funcionamento e respetivo recheio. Claro está, aproveitei para dar olhadela aos exemplares do jornal “A Voz do Nordeste” do qual fui diretor/adjunto, o que me levou a recordar outros tempos e outras formas irreverentes e interventivas de fazer jornalismo.
E, por falar em jornalismo, confesso que gostei da exposição que estava patente ao público na Biblioteca, e de conhecer os diversos títulos de jornais que existiam no distrito de Bragança, nos tempos da I Guerra Mundial.
Para terminar, a visita, cultural, não posso deixar de salientar, a passagem pela Casa da Roda, pelo Museu de Arte Sacra, inaugurado há pouco mais de um ano, espaço onde terá funcionado uma prisão para mulheres, e a Igreja da Misericórdia.
Tratou-se, pois, de um dia repleto de novos conhecimentos, de rever amigos, de melhor conhecer Moncorvo!...
Na verdade, temos tanta coisa interessante no nosso Nordeste que desconhecemos. Por isso, apostemos no conhecimento e divulgação da nossa região.
Também de fazer uma visita à Foz do Sabor e saborear as migas e os peixes do rio que, no final desse dia, nos foram servidas no café Primavera, em Cabanas de Baixo.
