Henrique Ferreira

Professor

Pobreza, desigualdade, violência

Se há palavras que, nos últimos 25 anos, têm entrado no léxico sócio-político, «Pobreza», «Desigualdade», «Violência» parecem ter a primazia. Por isso, a Comissão Justiça e Paz da Diocese de Bragança-Miranda vai promover uma sessão de reflexão sobre elas no próximo dia 10, às 10h30, no Salão de Festas da Escola Secundária Emídeo Garcia, à luz dos valores da Doutrina Social da Igreja Católica.
São palavras indesejáveis, para a grande maioria dos cidadãos. Como outras quaisquer, para poucos. Inevitáveis, para os ricos com ideias liberais-económicas.


Autárquicas 2021: o afundamento inexorável do PS

Bem podem os dirigentes distrital-bragançanos do Partido Socialista (PS) tentar diminuir a derrota dizendo que o Partido foi o mais votado a nível distrital (41,07% contra 27,52% do segundo partido mais votado, o PSD) nas eleições autárquicas de 2021, mas a verdade é que isso é uma rotunda mentira pois a soma dos votos do PSD e das coligações PSD+CDS resulta sempre num score maior (47,64%) do que o do PS.


Da globalização da superficialidade

Na bela homilia que proferiu na Missa em honra de Nossa Senhora das Graças, padroeira do Concelho de Bragança, no dia 22 passado, às 18h30, Dom José Cordeiro, Bispo de Bragança-Miranda, utilizou uma expressão que me pareceu bem interessante para definir o estado intelectual e moral do chamado «Ocidente» que, até há poucas décadas, caracterizávamos como democrata, defensor dos direitos humanos, ostentador de uma ética republicana construída na base dos valores cristãos (católicos e protestantes), tolerante e pluralista, nas ideias políticas, nas filosofias, nas religiões, nos padrões cultura


Chora agora, Portugal, os filhos que abandonaste

O INE (Instituto Nacional de Estatística) divulgou no passado dia 25 de Julho os primeiros resultados – ainda que preliminares - do Censo 2021.
Glória Lopes, jornalista do MB (Mensageiro de Bragança) trouxe-nos uma síntese bastante completa desses resultados na edição nº 3843 (29-07, a páginas 4-5) e, por isso, não importa agora repetir números mas sim exaurir as causas da tragédia demográfica que o país vive, principalmente nas últimas seis décadas.


Obrigado, Otelo, apesar de tudo

Faleceu, na manhã do dia 25 de Julho pp. o Coronel Otelo Saraiva de Carvalho, comandante operacional do Golpe Militar do 25 de Abril de 1974, em Portugal, que derrubou o regime político do Estado Novo Caetanista, sucedâneo, em Setembro de 1968, ao Estado Novo Salazarista, ambos apelidados de «ditaduras», «fascistas» por alguns (Mário Soares, Fernando Rosas, Álvaro Cunhal), e apenas regimes autoritários, para outros (Adriano Moreira, Franco Nogueira, Jaime Nogueira Pinto), mas unanimemente reconhecidos como regimes políticos de natureza não democrática.


Assinaturas MDB