Henrique Ferreira

Professor

É necessário melhorar o estatuto dos professores

Ultimamente tem-se falado muito dos professores, sobretudo da desvalorização das suas habilitações e da sua condição sócio-económica.
A mais nobre das profissões, a de professor do ensino não superior, sempre foi, com exceção do período entre 1986 e 2007, desvalorizada social e economicamente. Por isso, o professor nunca foi encarado como um profissional, tipo médico, advogado ou engenheiro, apesar da proximidade das formações, mas visto sempre como um funcionário, sem autonomia profissional e sem capacidade para autoregular a sua profissão.


Abusos sexuais na Igreja: a nuvem e Juno

Os papas Bento XVI e Francisco I colocaram – e muito bem - na agenda a desocultação dos crimes sexuais por alguns membros da Igreja Católica. Entre estes crimes estão a violação, a exploração e manipulação sexual e ainda a chantagem sexual e moral sobre pessoas, menores e maiores, de ambos os sexos.
A pressão social sobre a Igreja Católica, enquanto entidade social e moralmente comprometida, no Ocidente, obrigou a Instituição a colaborar na denúncia dos actos praticados e, situação mais difícil, a submeter os praticantes à lei civil.


Vítimas da (in)Cidadania

A disciplina de Educação para a Cidadania tem andado nas bocas do mundo por causa de dois adolescentes e respetivos pai e mãe, residentes em Famalicão, impedidos os primeiros de frequentar as aulas da Disciplina, na Escola, pelos segundos, manipulados estes por perspetivas políticas liberais segundo as quais o Estado e a Escola não devem ministrar disciplinas deste tipo porque «aos pais compete o direito e o dever primeiro dever de educar os filhos» (CRP, artigo 73º), em matéria de valores cívicos, éticos e morais.


Doutoramentos e alguns outros tormentos

Este artigo aborda alguns efeitos nefastos do Corporativismo para a Democracia e para a Justiça e Equidade sociais. O princípio basilar do Corporativismo é o de que a principal célula profissional da Sociedade é a Corporação, agregando os profissionais de uma mesma empresa ou Organização. Assim, quanto mais diferenciarmos as organizações mais problemas de coordenação, de justiça e de equidade vamos ter de resolver. Os constituintes de «Abril» pretenderam anular o Corporativismo do Estado Novo mas a realidade agravou todos os problemas dele derivados.


Doutoramentos nos institutos politécnicos. Será desta?

Os deputados à Assembleia da República aprovaram por unanimidade a transição para a discussão na especialidade do Projeto de Lei nº 809/XIV/2, apresentado por cidadãos e instituições, com vista à legalização e estabelecimento da possibilidade de os institutos politécnicos poderem ministrar doutoramentos (https://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalheIniciati…) .


O estado do mundo: o triunfo do absurdo?

O nosso dever é transmitir esperança mas não temos muito com quê a não ser com a fé num futuro melhor. Tanto em Portugal como no resto da Europa como ainda nos EUA, vejo demasiado desconcerto.
Em Portugal, o Governo parece já ter metido férias. Os problemas agravam-se, uns, como na educação e na saúde, e embrulham-se, outros, como na economia, no planeamento e na distribuição de competências entre administrações, vulgo descentralização. É inadmissível ter deixado chegar as questões da descentralização ao estado em que elas estão.


A BUPi

Em 2017, os deputados à AR e o XXII Governo Constitucional tiraram da cartola a BUPi. Pretenderam que esta viesse a constituir uma plataforma digital onde fossem reunidas todas as informações relativas a prédios rústicos, urbanos e mistos, cumprindo um dos objetivos Programa SIMPLEX, segundo o qual todos os prédios, urbanos, rústicos ou mistos, deveriam passar a ser registados por georreferenciação, isto é, com base em coordenadas geográficas identificadas no sistema de mapeamento Google.


Reflectir sobre a equidade e a justiça ambientais

Na sua missão de problematizar os problemas sociais na relação com o ambiente natural, os membros da Comissão Diocesana Justiça e Paz (CDJP), considerando o período que vivemos em torno dos problemas da Terra – a propósito do recente passado Dia da Terra -, vão organizar, no próximo dia 5 de Maio, às 21h00, no Auditório Municipal Paulo de Quintela, um colóquio sobre o tema Equidade e Justiça Ambiental.


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