A opinião de ...

As oportunidades do próximo quadro comunitário para o território

Como deputados do Partido Socialista por Bragança, organizamos a primeira “Agenda para o Território” em Macedo de Cavaleiros. Outras se seguirão!
Debateu-se com empresas convidadas, o Nerba, O IPB e o ColabMore, bem como com autarcas da CIM Terras de Trás – os – Montes, algumas oportunidades e desafios da região durante o próximo quadro comunitário, para criar economia e emprego e desta forma contribuir para a reversão do despovoamento e desertificação a que assistimos no distrito, criando oportunidades para os jovens se fixarem e terem empregos melhor remunerados.
A ministra da coesão Ana Brunhosa e a Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional Isabel Ferreira estiveram presentes e contribuíram para esta reflexão bem como o presidente da CCDRNorte Rui Cunha.
É certo que sem emprego não fixamos pessoas e precisamos de emprego bem remunerado e qualificado para dar oportunidades aos nossos jovens e a quem quiser vir para cá trabalhar, para construir uma economia moderna e virada para o futuro.
Já muito se fez na formação dos jovens em Portugal e no nosso distrito: aqui um papel destacado para o Instituto Politécnico de Bragança, com cerca de 10 mil alunos e com mais de 30% de alunos internacionais de dezenas de países.
O IPB é um exemplo da capacidade de atração do ensino superior em Bragança, que agora será reforçada com a aprovação da possibilidade dos institutos politécnicos fazerem doutoramentos, que esperamos seja aprovado em breve na Assembleia da República.
O IPB conseguiu ter centros de investigação e laboratórios colaborativos que trabalhando com as empresas são um fator de inovação e modernização do tecido produtivo da região.Este quadro comunitário cujo acordo já foi assinado com a Comissão Europeia, tem neste momento em consulta publica na página da CCDR Norte, a Estratégia Norte 20-30.
Aí se mostra que o Norte cresceu mais que o resto do país de 2015 a 2019, mas as divergências dentro da região continuaram com as comunidades intermunicipais de Terras de Trás - os -Montes, Douro e Alto Tâmega a progredirem menos que as restantes regiões, sendo as assimetrias do sistema de inovação ainda mais acentuadas.
Será muito importante ter estratégias e investimento neste quadro comunitário que alterem esta situação, aumentando a coesão territorial da região Norte, tendo em conta que os fundos geridos pela CCDR Norte têm como objetivo a coesão territorial e a aproximação à Europa.
Crescimento e convergência territorial, inovação e conhecimento para acrescentar valor às atividades económicas, qualificar o capital humano (não só os jovens como os ativos menos jovens) reduzir as desigualdades sociais e a pobreza, descarbonizar, digitalizar, gerir melhor a água disponível evitando o desperdício que atualmente resulta em grande parte das perdas da rede em baixa, são oportunidades deste quadro comunitário, que não podemos desperdiçar.

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