A realidade para lá dos números
O mês de setembro trouxe-nos a realidade que todos temíamos e outubro está a servir para confirmar que não é apenas coincidência. A segunda vaga do novo coronavírus está mesmo entre nós e veio para ficar.
O mês de setembro trouxe-nos a realidade que todos temíamos e outubro está a servir para confirmar que não é apenas coincidência. A segunda vaga do novo coronavírus está mesmo entre nós e veio para ficar.
Toda a gente tem um amigo Zé. Hoje vou falar-vos do meu.
O meu amigo Zé é uma pessoa preocupada com a sociedade. Gosta de ter um sentido crítico sobre aquilo que o rodeia. Mas, tal como manda a tradição portuguesa, deixa-se inquietar mais pelo pedação de líquido que habitualmente falta no copo do que se deixa alegrar pelo esforço despendido para o encher.
“Como uma onda no mar”, cantavam os Pólo Norte. É assim o tempo em que vivemos, como uma onda no mar, uma atrás da outra.
Depois de uma vaga inicial assustadora (mais do que devastadora), a pandemia instalou-se nas nossas vidas, e o vírus recuou na intensidade. Tal como previsto.
Os meses de verão serviram para transmitir a muitos de nós aquela falsa sensação de segurança de que tanto se falava nas primeiras semanas de pandemia.
regresso às aulas que hoje se concretiza na maioria das escolas do país constitui um dos maiores desafios para a nossa sociedade nos próximos tempos de pandemia.
A convivência de milhares de alunos, professores e funcionários no mesmo espaço é um potencial de contágio sem precedentes.
Depois de seis meses afastados das escolas, os alunos, sobretudo os mais novos, estarão, certamente, ansiosos pelo regresso ao convívio com amigos e colegas e às brincadeiras do costume.
O Papa Francisco acusou, esta segunda-feira, os países e empresas do hemisfério Norte de enriquecerem à custa da exploração dos recursos dos estados pobres do Sul, alertando para as consequências ambientais desta atuação.
“Estamos a espremer os bens do planeta. A espremê-los como se fossem uma laranja”, afirmou o chefe da Igreja Católica, lia-se numa notícia da Agência EFE, de Espanha, que citava um vídeo divulgado sobre o tema da Jornada Mundial da Oração pela Criação.
Agridoce. É este o sabor que fica no paladar depois de uma volta por uma qualquer cidade ou vila do Nordeste Transmontano, uma terra em que o tempo quase parou mas em que temos vontade de acelerar os ponteiros do relógio. Até um outro tempo, lá mais à frente, que esperamos não seja longínquo mas em que a nova normalidade seja tão normal como a velha.
Este querido mês de agosto tem sido menos carinhoso do que o costume, sobretudo para os comerciantes locais do Nordeste Transmontano.
Após dois meses (nalguns casos mais) de paragem forçada, as restrições de movimentos impostas não permitiram o ansiado regresso à normalidade, numa altura do ano em que as faturações têm de compensar, em muitos casos, meio ou mais.
É em alturas destas que a nossa Fé é posta à prova.
Domingo, dia 02 de agosto, o Papa Francisco lançou um alerta. “Espero que, com o compromisso convergente de todos os líderes políticos e económicos, o trabalho seja relançado: sem trabalho, as famílias e a sociedade não podem seguir em frente. Vamos rezar por isto, porque é e será um problema do pós-pandemia”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus, citado pela agência Ecclesia.
"Perante centenas de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, Francisco manifestou a sua preocupação com “a pobreza, a falta de trabalho”.
“A liberdade de imprensa transmite um oxigénio que dá vida às democracias.”
Rei Filipe VI, de Espanha