O Natal e o desporto!...
Tal como a maior parte das pessoas, gosto do Natal. Gosto do Natal, pelo que é e pelo que representa, sobretudo ao nível espiritual, ético e afetivo. Porém, detesto toda a loucura consumista e oportunismo comercial que está associado à quadra natalícia. Até parece que se pensa em tudo, menos no que o verdadeiro espírito natalício significa, ou devia significar para as pessoas, para as famílias.
Também gosto do desporto e da prática desportiva. Mas também, neste contexto, o distanciamento entre os valores e os princípios que formalmente o sustentam, estão longe das práticas que o orientam.
Se, na minha opinião, há muitos pontos comuns entre valores do desporto e do Natal, não é menos verdade que, em ambos os contextos, o que transparece na prática é bem divergente da essência.
Vem isto a propósito dos comportamentos, atitudes e apreciações/comentários que é comum fazerem-se sobre as partidas de futebol e não só. No final das mesmas são quase tantos os comentários diferentes, quantos os espectadores. Poucos terão dúvidas que essa situação é uma realidade pura e, às vezes, dura! Que o digam os jogadores, treinadores e dirigentes. Nomeadamente esses protagonistas.
Numa sociedade moderna e democrática, em que deviam ser adotados valores sociais e educativos que demonstrem comportamentos sustentável e transversalmente construídos, diria mesmo evoluídos, é tão importante quanto elementar, respeitar as opiniões/observações dos outros. É até uma questão de postura cívica e educativa em que, para além do respeito pelos valores dos outros, há o respeito pelo “outro”, o mesmo que dizer por “nós”.
Por isso, da minha parte, concorde ou não com as opiniões dos outros, procuro respeitá-las. Civilizada e educadamente, claro.
Têm estas minhas considerações a ver com comentários que habitualmente faço, sobre partidas de futebol, ou de comportamentos e desempenhos competitivos desta ou daquela equipa.
Como o faço publicamente sou, por vezes, mal entendido. Tenho consciência de que não agrado a todos. Longe disso!
Pudera, só faltava que todos pensassem de forma idêntica!
Confesso que nem gostaria que isso acontecesse. Gosto da diversidade.
Respeito, com lealdade, quantos pensam de maneira diferente. Aliás, essas posturas até constituem para mim um desafio ao modo como exponho publicamente o meu pensamento.
Por isso, neste contexto, entendo que o respeito pela opinião e pensamento do “outro”, deve ser uma forma de estar na vida e na sociedade, que todos devemos adoptar com elevação e enquadramento nos valores da cidadania saudável.
Viver em sociedade, educadamente, implica o respeito e a tolerância genuína, saber ouvir atentamente os outros, olhando-os nos olhos com atenção e valorizando-os pela atenção que prestamos.
Saber partilhar, de forma alegre, construtiva e positiva, os sucessos e vitórias, mas também ser solidário nos fracassos, compartilhar sentimentos positivos.
Por outro lado, é bom saber perdoar, mesmos a nós próprios, quando erramos. Saber dar sem receber nada em troca, partilhando o nosso conhecimento, o nosso tempo, as nossas competências.
Vivamos, pois, o Natal e o desporto, com alma, com coração, com fé e dedicação, mas, sobretudo com alegria, consideração e respeito pelo “IRMÃO”!...