Editorial - António Gonçalves Rodrigues

Quando a burocacia não tem juízo, o agricultor é que paga

O alerta surge nas páginas anteriores a este texto. A burocracia, que devia zelar pelo cumprimento de procedimentos e pelos preceitos de segurança é, em muitos casos, fastidiosa e pouco ágil, afetando a evolução de soluções para problemas reais de gente do dia a dia.
Que o digam os agricultores do distrito de Bragança (e de outros pontos do país) que, a partir de 2025, correm o risco de ficar sem o único produto que ainda vai fazendo alguma coisa contra o cancro do castanheiro, uma praga que ameaça um dos fatores de riqueza da região.


O som do silêncio

Simon & Garfunkel são uma das duplas de renome do panorama musical mundial.
Já cantavam, há décadas, sobre o som do silêncio.
Sobre “pessoas que falam sem dizer nada”...
Sobre “pessoas que ouvem sem escutar”...
Sobre pessoas “que escrevem canções que nunca serão cantadas”...
Pois “ninguém se atreveu a perturbar o som do silêncio”.
Um silêncio que “cresce como um cancro”.


A anormalidade do novo normal

Durante um ano e 11 meses, o mundo como o conhecemos ficou virado de pernas para o ar.
A chegada ao nosso vocabulário diário de palavras como coronavírus ou covid-19 passou a dominar a atualidade e os nossos movimentos, que chegaram mesmo a ser amplamente limitados por dois confinamentos obrigatórios.
Foi preciso encontrar novas formas de fazer o trabalho antigo e novos trabalhos para necessidades antigas.


Negócios com ética

Desde que começou a guerra na Ucrânia, uma das consequências mais visíveis no resto do mundo - e Portugal não foi exceção - foi o aumento do preço dos combustíveis.
Nos últimos dias, pulularam as notícias sobre os resultados de empresas petrolíferas. Com tanta dificuldade anunciada na aquisição de matéria prima (crude), era de esperar que essa dificuldade ficasse patente nesses mesmos resultados.
Ora, a Galp, antiga petrolífera estatal, anunciou que os lucros disparam 496% no primeiro trimestre, para 155 milhões de euros.


Quem muda, Deus ajuda... mas o homem parece que não

Há um ano, foi notícia a iniciativa da Câmara de Bragança, que lançou um concurso para captar famílias para a região, durante um mês, de forma a tomarem contacto com a realidade do Nordeste Transmontano e poderem, no futuro, tornar-se residentes.
A ideia foi boa mas, 12 meses volvidos, nenhum dos casais selecionados ficou no concelho de Bragança. Alguns nunca mais cá voltaram sequer.


Liberdade, aonde vais?

Nos anos de 1990, cantava assim João Aguardela, vocalista e mentor dos Sitiados:
“Ai, esta eterna guerra
Ai, que me obriga a ser soldado
Já vejo a bandeira erguida
Já sinto a dor companheira
  
Ai, neste mar fico tão só
Por este mar
Liberdade onde vais?
Liberdade onde cais?
  
Esta luta é por te amar”


A Páscoa da vida

Para os Cristãos, aproxima-se o mais importante período do ano, o da Páscoa. É aquele domingo em que se assinala a Ressurreição de Cristo, o triunfo da vida perante a morte, fundamento da nossa Fé.
O termo Páscoa no idioma português deriva dos termos “Pesach”, do hebraico; “Pascha”, do latim; e “Paskha”, do grego.


A força dos jornais

Longe vão os tempos em que se ouvia comentar:
" - Ó compadre, viste que o Homem chegou à Lua? É verdade porque li no jornal".
Hoje em dia, assiste-se a uma crescente e preocupante iliteracia para os media, com as novas gerações a resistirem cada vez mais ao apelo do papel.
Não só ao papel dos jornais mas de tudo o que seja analógico, como livros, revistas...


Os nossos Putins

Quem nunca teve, nos tempos de escola, aquele colega mais arruaceiro, que primeiro batia e depois perguntava, que gostava de fazer bullying aos que dessem parte de fracos, fazendo chantagem com a sua força bruta?
Olhando para o que se passa entre a Rússia e a Ucrânia salta à vista o comportamento arruaceiro de Vladimir Putin, que parece cada vez mais aquele miúdo arruaceiro dos pátios das escolas.
Até por isso, mais do que nunca é importante denunciar os comportamento abusivos de quem os pratica.


Assinaturas MDB