Editorial - António Gonçalves Rodrigues

Se dúvidas houvesse..

Na sua mensagem para o dia as Comunicações Sociais, dada a conhecer na segunda-feira, dia de S. Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas, o Papa Francisco alertou para uma “infodemia” que desvaloriza o papel da imprensa, apelando à valorização da “escuta”, que acrescenta “credibilidade e seriedade” à informação.


Secando a nascente, acaba-se com o rio

De acordo com os dados dos mais recentes censos, o distrito de Bragança perdeu na última década mais de 13 mil habitantes, uma quebra de 9,85%, registando uma população de 122.833 pessoas.
De acordo com as estatísticas oficiais, entre 2011 e 2021, este distrito perdeu 13.419 pessoas, passando de uma população de 136.252 habitantes para 122.833 (-9,85%).
De acordo com os mesmos resultados, divulgados em julho do ano passado, entre os 12 concelhos, todos perderam população, tendo a maior redução ocorrido em Torre de Moncorvo, com -20,42% (6.822 pessoas).


Afinal, há esperança para os políticos

stamos prestes a entrar, novamen- te, em tempo de campanha eleitoral. Esta, desnecessária, pois as eleições só deveriam ocorrer dentro de dois anos, pelo que a crise aberta pelo chumbo do orçamento era desne- cessária.
Uma crise que resulta do taticismo dos partidos, que consideram ter possibilidades de alcançar mais gan- hos forçando eleições antecipadas, de forma a alterar a correlação de forças na composição da Assembleia da Re- pública.
Um taticismo mais virado para den- tro, ou seja, para o que cada um pode ganhar, e menos para o interesse ge- ral das populações.


O peso do futuro

Assinalaram-se, no passado dia 01 de janeiro, 82 anos desde a publicação da primeira edição do Mensageiro de Bragança, com o Cón. Manuel Nunes Formigão como diretor e D. Abílio Vaz das Neves bispo.
Uma data que nos deve a todos encher de orgulho, pois o Mensageiro de Bragança é o jornal mais antigo, de publicação ininterrupta, do distrito de Bragança.


O Natal que não queríamos

Há um ano por esta altura, redobravam-se os apelos a especiais cuidados nos ajuntamentos familiares e festivos na quadra natalícia, devido à famigerada pandemia de covid-19 que virou de pernas para o ar o nosso modo de vida.
A expectativa era a de que, com a chegada da vacinação no início de 2021, este Natal pudesse marcar já um regresso à normalidade.
Afinal, aqui chegados, as discotecas voltam a encerrar e a restauração e hotelaria a ficar fortemente condicionada numa das alturas mais críticas do ano para a sua sobrevivência.


Um barco a adornar

Estamos a menos de dois meses das eleições Legislativas, umas das mais importantes do país, pois o Governo que daí sair vai ser o responsável pela gestão de fundos e políticas fundamentais para que Portugal se possa reinventar e sair de uma crise que ameaça ser paralisante e nos deixar (ainda mais) na cauda do pelotão da Europa.
Por isso, é fundamental que, de facto, se discutam as políticas que cada um quer implementar e defende para o país e menos o foguetório diário das novelas e casos políticos.


Voz das periferias vai chegando ao centro

A nomeação de D. José Cordeiro, até agora bispo de Bragança-Miranda, pelo Papa Francisco como Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas, é mais uma boa notícia para a diocese das periferias, pois significa a promoção em direção ao centro de mais uma voz que leva consigo os anseios e receios deste povo de Deus.
A diocese de Bragança-Miranda teve origem, precisamente, na arquidiocese de Braga, que em tempos se alongava até este ponto do território nacional.


Clarificação

Concluído o processo eleitoral no PSD, a situação política do país tende para uma clarificação nos próximos meses.
Mas, desde logo, já é possível ver um pouco mais à frente do nariz depois de alguma da névoa já se ter dissipado.
Desde logo, a vida de António Costa fica, agora, bastante mais dificultada do que estaria se tivesse sido Paulo Rangel a vencer as eleições do PSD. E os militantes perceberam isso mesmo.


Que haja memória

O próximo fim de semana vai ser marcado pelas eleições internas do PSD. Afinal, é dali que sairá uma das figuras que, historicamente, tem possibilidades de vir a governar os portugueses (caso vença, depois, o PS).
Rui Rio encarou esta campanha interna como uma perda de tempo e um ato de entregar o ouro ao bandido. Isto é, quanto mais campanha interna se fizer, mais armas se está a dar ao adversário que verdadeiramente interessa nas eleições que realmente contam, as Legislativas de janeiro.


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