Editorial - António Gonçalves Rodrigues

Os nossos Putins

Quem nunca teve, nos tempos de escola, aquele colega mais arruaceiro, que primeiro batia e depois perguntava, que gostava de fazer bullying aos que dessem parte de fracos, fazendo chantagem com a sua força bruta?
Olhando para o que se passa entre a Rússia e a Ucrânia salta à vista o comportamento arruaceiro de Vladimir Putin, que parece cada vez mais aquele miúdo arruaceiro dos pátios das escolas.
Até por isso, mais do que nunca é importante denunciar os comportamento abusivos de quem os pratica.


Distrito deve perder representação no Governo

Ponto prévio, este editorial foi escrito antes de António Costa entregar a lista dos elementos do novo Governo ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo que os nomes só iriam ser divulgados ontem à noite, quando este jornal já estará impresso.

No entanto, parece certo que o distrito de Bragança deverá perder representatividade no novo elenco governativo.

Depois de um recorde de cinco secretários de Estado oriundos ou com raízes no distrito de Bragança, o mesmo não deverá acontecer no próximo Governo.


A perceção da guerra e a guerra das perceções

Ganhar uma guerra é mais do que ganhar a soma das batalhas. Derrubar um povo é mais do que depor os seus Governantes.
Tal como Nuno Sousa escreveu em 2008 no seu livro A Guerra das Perceções, edição da Universidade do Minho, o Sistema Político Internacional sofreu grandes alterações nos últimos anos, que resultaram no surgimento de novos paradigmas, quer ao nível dos atores em confronto, quer da tipologia das operações.


A imoralidade de querer lucros à custa da guerra

Há três semanas, o mundo como o conhecíamos sofreu uma reviravolta, pondo fim ao sossego que os europeus conheciam. A invasão da Ucrânia por parte da Rússia deu origem a uma escalada de preços das matérias primas, com especial incidência nos da energia.
Uma escalada a que se vinha assistindo desde há alguns meses, devido à disrupção causada nas cadeias logísticas e industriais causada pela pandemia.


Mundo unido contra a guerra

Esta última semana confirmou os receios que as pessoas de bom senso tinham. Vladimir Putin forçou a corda até partir, numa ânsia mal explicada de alargar o campo de influência russa até à Ucrânia.
O Ocidente resiste a forçar um conflito que seria desastroso para a Humanidade, enquanto olha para o que se passa no território ucraniano.
Responder a esta provocação com o envio de tropas significaria um holocausto nuclear, pois Putin não hesitaria em pressionar o botão.


As lições que a História nos devia ter ensinado

No passado domingo, o Papa Francisco lamentava que “pessoas e povos orgulhosos de serem cristãos” vejam os outros como inimigos e pensem em “fazer a guerra.
Uma semana antes, o Papa alertava para as notícias “preocupantes” que chegavam da Ucrânia, pedindo um momento de oração, em silêncio, na Praça de São Pedro.
Já a 9 de fevereiro, Francisco agradeceu a todas as pessoas e comunidades que se uniram em oração pela paz na Ucrânia, numa jornada que aconteceu a 26 de janeiro, por iniciativa do Papa.


Tempos de mudança

A diocese de Bragança-Miranda vive, por estes meses, tempos de mudança. D. José Cordeiro, bispo desta diocese durante a última década, foi desafiado pelo Papa Francisco a tornar-se pastor de um rebanho maior, em Braga, numa arquidiocese mais antiga que o próprio Portugal.
É a primeira vez que um membro do clero desta diocese e oriundo desta parte do território assume semelhante desafio.
Motivo para deixar orgulhosos todos os transmontanos.


Contas trocadas

As eleições legislativas do passado dia 30 de janeiro trocaram as voltas a muita gente, de jornalistas aos analistas e comentadores, passando pelas empresas de sondagens, até vários políticos da nossa praça.
Pela segunda vez, o PS venceu no distrito de Bragança (só tinha acontecido em 2005). Mas foi a primeira vez em que conseguiu ter mais deputados eleitos do que o PS (em 2005, o distrito ainda elegia quatro, dois do PS e dois do PSD).


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