Ordem dos Farmacêuticos organizou fórum regional dos Estados Gerais da Bioética em Bragança
As questões da ética nas várias dimensões da sociedade estiveram em debate no Fórum Regional de Bragança dos Estados Gerais da Bioética, que decorreram no passado dia 11 de novembro na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTiG) do Instituto Politécnico, com organização da Ordem dos Farmacêuticos (OF), para dar a conhecer o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV).
“Este fórum constituiu uma oportunidade para ouvir, dialogar e contribuir, em conjunto com outras áreas do saber, para uma abordagem mais próxima, responsável e multidisciplinar”, explicou o Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Hélder Filipe Mota, que participou na sessão de abertura.
O envolvimento da Ordem dos Farmacêuticos nesta iniciativa do CNECV reforça o compromisso da profissão com a reflexão ética em saúde e com a construção de respostas justas e equilibradas para os desafios científicos e sociais atuais.
Os membros do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida são nomeados pela Assembleia da República representando diferentes instituições, como ordens profissionais, universidades, entre outras. “São-nos pedidas propostas legislativas no âmbito das Ciências da Vida pela Assembleia as República ou tomadas de posição sobre medidas que têm impacto nas profissões da saúde. Por exemplo, a eutanásia, a morte medicamente assistida. Há uma posição sobre isso que tem impacto no próprio exercício constitucional dos profissionais de saúde, mas também as escusas de responsabilidade apresentadas pelos profissionais de saúde ou a objeção de consciência que têm impacto nas diferentes profissões e na de Farmacêutico também”, descreveu o bastonário.
Os Estados Gerais da Bioética são uma iniciativa do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV), com o Alto Patrocínio da Presidência da República e do Presidente da Assembleia da República, e visam aprofundar o diálogo com a sociedade civil, entidades locais e profissionais de saúde sobre o papel do CNECV, bem como recolher contributos para uma proposta de revisão do seu regime jurídico. “Foi decidido fazer reuniões descentralizadas pelo país. Permitiu apresentar a missão, as competências, a composição do CNECV a um conjunto de personalidades e ao mesmo tempo, uma segunda parte da reunião, que foi muito interessante teve dúvidas e discussão sobre diferentes aspetos éticos e o seu impacto na sociedade”, indicou o bastonário.
