Empresários preocupados com crise sem precedentes que trará recessão e falências

Os empresários transmontanos já estão à espera de tempos difíceis este ano de 2020 face ao impacto do Coronavírus (COVID-19) na economia local em praticamente todos os setores de atividade à excepção de grandes superfícies da área alimentar ou farmácias perante o açambarcamento verificado nos últimos dias de bens alimentares e de medicamentos.

O turismo é dos que maior impacto regista. Marcel Silveira, proprietário de um hotel, em Bragança, explicou que, por agora, decidiu encerrar "parcialmente" a unidade, ficando limitada aos hóspedes residentes, como pilotos e mecânicos da linha área regional, juízes, médicos e pessoal da comunicação. "Estamos a trabalhar, mas 80% dos funcionários já estão de férias. Na sexta-feira faremos uma reavaliação para decidir de fechamos totalmente", explicou o empresário que admite o cancelamento das reservas de março e abril.

"Estão a 100%. Foi tudo cancelado e, neste momento, só tenho no hotel os clientes residentes", deu conta ao Mensageiro já deitando contas a uma crise sem precedentes. "Não tenho tido procura de reservas, vamos ver o que sucede em maio. Para já ultrapassa os 60% de cancelamentos, não sei se não chegará a 100%", contabiliza o empresário que de imediato implementou medidas de mitigação. "No ramo da hotelaria os trabalhadores fazem bastantes horas extra, desde que comecei a ver que havia quebras, decidi reduzir as horas extra, e já estou a fazer acordos para irem de férias durante 15 dias e depois vai a outra metade. Estamos a ponderar encerrar temporariamente", admite Marcel Silveira.

(Artigo completo disponível para assinantes ou na edição impressa)