Pe. Estevinho Pires

Acompanhar obras, esclarecer e acompanhar as pessoas

“Sr. Eng. Eng. António”… endereçavam-me assim uma correspondência na semana passada e, dizia-me com muita graça a Sr.ª D.ª Gina, na sacristia: “o Sr. Padre deve ser arquiteto”… - Olhe que não! Dizia eu… Presumo que este bom humor seja motivado pela quantidade de artigos, “obras na igreja”. São estas e, tantas outras, apreciações divertidas, que me tem motivado para chegar até aqui.


Obras na Igreja [23] Um dos elementos mais importantes da estrutura edificada, o telhado.

“Ninguém começa uma casa pelo telhado”, a não ser que se trate de uma obra de requalificação de uma estrutura edificada, tal como uma igreja.
A necessidade de suster infiltrações, obriga a estar atento às coberturas, para evitar derrocadas de muros e paredes, ou simplesmente não permitir que a talha dourada, objetos e, alfaias, que se encontrem no interior da igreja, possam perder-se irremediavelmente.


Usos, costumes, rituais e protocolos [1

“Coro e decoro”…
No coro haverá pouco decoro? Olhemos para os usos, costumes, rituais e, protocolos, em torno dos atos celebrativos cristãos. Públio Terêncio [195-159 a.C.] dizia: “nada do que é humano me é estranho”. Na mesma linha o n.º 1 da Constituição Pastoral “Gaudium et Spes” [07/12/65], do II Concílio do Vaticano, assumia a íntima união da Igreja com toda a família humana afirmando que esta está “intimamente ligada ao género humano e à sua história”.


Festas de Inverno assumir, purificar e, elevar.

As Festividades do nosso “inverno mágico”, do Natal aos Reis [6 jan.], ou ao S. Sebastião [20 jan.], tem sido objeto de bastantes estudos, mas exigem ainda mais reflexão e interdisciplinaridade, para se avançar na compreensão de comportamentos, deste fenómeno único no país. Sociologia, antropologia, filosofia, história, teologia, direito canónico, dando as mãos, para analisar em conjunto tão delicada assunção de ritos antigos, sagrados e profanos, que afetam o campo religioso, social, político e, cultural.


Obras na Igreja [22] Uma boa liturgia começa na sacristia

A sacristia é parte integrante do interior do edifício da igreja, local onde se guardam as vestes litúrgicas e, outras objetos necessários às celebrações. Pode ainda ter, num espaço contíguo, sala de reuniões, casas de banho e, outras dependências. Neste local, onde se vestem e preparam os ministros, antes de darem entrada na celebração, requer uma dignidade especial, por ser como que a antecâmara do lugar mais sagrado, o presbitério. Sacristia, étimo latino, significa «próximo do sagrado». Com frequência, é lugar de encontro particular do pastor com os fiéis.


Desarme-se de preconceitos e arme o presépio!

Os presépios fazem parte de uma tradição que atravessou os séculos alimentada, de forma particular, pelo deslumbramento das crianças.
Na sua mais recente Carta Apostólica, “Sinal Admirável”, o Papa Francisco, incentiva pais e avós a preparar o Presépio nas famílias, nos lugares de trabalho, nas escolas, nos hospitais, nos estabelecimentos prisionais, nas praças, pela rica espiritualidade popular. Onde porventura tenha caído em desuso redescubra-se e revitalize-se diz! Francisco fala a uma sociedade de consumo que celebra o Natal, mas que tende a esconder o Presépio.


Do Advento ao Natal

Quatro símbolos ocultos na coroa do Advento
Depois da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, 34.º Domingo do Tempo Comum, entramos no primeiro de quatro domingos do Advento. Muitos fiéis, neste tempo fazem Coroa e, em torno dela rezam na Igreja, ou em casa. Esta é mais uma tradição pagã inculturada na tradição cristã, que se refere Cristo, o novo sol, o qual se espera, no Advento, preparando a celebração do seu nascimento e pedindo-Lhe que infunda em nós a sua luz e, aqueça as nossas almas.


Obras na Igreja [21]

Ao eletrificar a igreja peça Projeto, não chame apenas o eletricista mais “habilidoso”!
A luz natural dentro das igrejas foi sempre uma preocupação e, fez parte de uma estratégia arquitetónica. No românico a luz era coada por aberturas raras e estreitas usadas como janelas, que ofereciam segurança, penumbra, silêncio, facilitadores da partilha do sagrado. Já o Gótico exuberante nos vitrais não quiz escurecer a nave, mas glorificar a luz.


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