António Pimenta de Castro

As minhas vivências do 25 de Abril

Nasci em 20 de Outubro de 1953, em Arcos de Valdevez (distrito de Viana de Castelo) e, com poucos dias, fui viver para a cidade de Viana do Castelo, curiosamente para a rua Manuel Espregueira (na altura de S. Sebastião), rua para onde o nosso Guerra Junqueiro foi viver quando se casou e onde nasceram as suas duas filhas. Nesta rua aconteceu-me um facto curioso: em 1961, tinha eu oito anos, quando “apanhei” uma doença muito vulgar naqueles tempos, o sarampo.


Hoje é um dia Especial

Hoje, dia 19 de Março, é um dia especial, na medida em que se comemora o chamado “dia do pai”. Na verdade todos os dias são os dias dos nossos queridos pais (incluindo a mãe, como é óbvio), pois sem eles não existiríamos. É um dia em que os tratamos com mais carinho, ou…nos lembramos deles pois já partiram, mas vivem sempre nos nossos corações. A sociedade tem mudado bastante, como muito bem disse Luís de Camões; “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades; Muda-se o ser, muda-se a confiança; todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades”.


Viva a Democracia

Vamos ter brevemente umas eleições no nosso país, ou seja, o povo vai decidir qual o futuro governo de Portugal. Foi uma conquista do 25 de Abril, consolidada com o 25 de novembro. O 25 de novembro foi uma movimentação militar que, conduzida por parte das Forças Armadas Portuguesas, levou ao fim do Processo Revolucionário em Curso (PREC) e a um processo de estabilização da democracia representativa em Portugal. Para mim começa aqui a democracia, tal e qual a conhecemos hoje.


Mas que mais nos vai acontecer?

Como professor de História, já aposentado, todos os dias leio os jornais (sobretudo o Jornal de Notícias) enquanto tomo o pequeno-almoço, o que me mantém informado das notícias do meu querido país e não só…Também sigo as notícias na televisão e em outros meios da comunicação social. Ultimamente tenho ficado muito mais triste com o que nos está a acontecer em Portugal e também no resto do Mundo. Senão vejamos; cada vez há mais falta de professores, ao ponto, de o JN nos dizer que “Professores: Aposentações batem recorde dos últimos 24 anos”.


Mas que mundo temos e iremos ter?

Como professor de História, já aposentado, passo o meu tempo a ler livros de História (e não só), a ver os diversos canais de televisão e, sobretudo ao pequeno-almoço, a ler um jornal diário, geralmente o “Jornal de Notícias”, uma vez que sou do Norte. Confesso que sempre que ligo a televisão e sobretudo alguns canais, sinto-me muito preocupado, horrivelmente preocupado. As “desgraças” são em todos os sectores da nossa sociedade, quer nacional, quer a nível mundial.


A liberdade de informação em Portugal e mais uma “machadada” na informação do Norte

Lembro-me perfeitamente de, na minha infância, sobretudo ao fim de semana quando o meu avô materno e padrinho comia o seu pequeno-almoço comigo, enquanto eu comia o meu, ele lia o seu jornal. Quando eu acabava de comer, ele dava-me um suplemento desse seu jornal, próprio para as crianças. Eu adorava essa sua iniciativa e, para além de ler muitas “histórias” para a juventude, havia umas páginas, para eu ter de completar. Foi aí que eu comecei a ler e escrever, antes de ter entrado para a escola dita “primária”.


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