F. Costa Andrade

Membro do MPN, CPLGSP e ONE

Quem estiver limpo de culpa, que atire a primeira pedra

A primeira metade do corrente mês de maio foi invulgarmente rica de acontecimentos importantes, oriundos um pouco de todos os quadrantes, todos eles dignos duma atenta e cuidada reflecção. Contudo, perante a crueldade inqualificável e o sadismo com que foi morta a Valentina, uma menina de apenas nove anos, (ao que tudo indica, assassinada em casa pelo pai e pela madrasta), tudo o resto passou para segundo plano.


Da Emergência à Calamidade

Como estava mais ou menos previsto, depois de cumpridos três períodos sucessivos de estado de emergência, à semelhança do que se fazia antigamente aos meninos que se portavam bem, como se o COVID-19, por si só, não fosse já calamidade a mais, fomos agora premiados com o rebuçadinho do estado de calamidade.


E tudo o vírus levou, no ruir das ilusões do “País do faz de conta”

É assustador constatar como um simples vírus, que ninguém sabe como é nem donde veio, em meia dúzia de semanas, pôs tanta coisa em causa. Abalou perigosamente os alicerces mais profundos de toda a humanidade e, se não for travado rapidamente, poderá reduzir a cinzas todo o progresso e o desenvolvimento conseguido pelas civilizações que, durante tantos milénios, moldaram a face da terra, e se encontram agora confinados às suas casas, esperando que a ciência lhes devolva a esperança.


PORQUE OS FINS PODEM JUSTIFICAR OS MEIOS, Se não for à palavra, terá mesmo de ir à estalada.

Por muito que custe reconhecê-lo, a atual situação sanitária do país está muito longe de ser fácil e as perspetivas de melhorar a curto prazo não são nada animadoras. Dia após dia, é cada vez mais preocupante o ritmo de crescimento do número de infetados e de vítimas mortais causadas pelo COVID-19, sendo muito mais preocupante a manifesta impotência da ciência que, não obstante o enorme esforço e a qualidade dos investigadores envolvidos na investigação e os milhões investidos, não consegue descobrir a vacina para evitar a contaminação, nem o remédio para a curar.


E Agora?

Por mais que custe a aceitá-lo, é impossível escamotear que a humanidade enfrenta um dos maiores, se não mesmo o maior, dos desafios de sempre quando, de um dia para o outro, se viu confrontada com esta pandemia assustadora, desencadeada pelo aparecimento súbito e, para já, totalmente incontrolável do coronavírus - COVID-19 que, se não for travado urgentemente, pode transformar-se numa hecatombe inimaginável e brutal, capaz de a fazer ruir como um castelo de cartas.


Ainda a “Não Visita” do Sr. 1º Ministro a Vimioso

Se fosse escrito hoje, ao título do meu comentário publicado no Mensageiro de Bragança da semana passada, muito provavelmente teria acrescentado como subtítulo: “SENHOR 1º MINISTRO, MUITO OBRIGADO PELA SUA AUSÊNCIA”.
Nos dias que se seguiram à tal não visita, acompanhei atentamente a cobertura dada pela comunicação social à atividade da comitiva dos vinte e três governantes nas nossas terras, tentando assim aperceber-me do interesse e do real impacto da gigantesca campanha em que todos se desdobraram.
Da análise realista dos elementos coligidos, ressalta apenas que:


Indesculpável falta de respeito para com as gentes das Terras de Vimioso

Pelo respeito e pela consideração que me merecem as páginas do Mensageiro de Bragança e os seus leitores, isto é o mínimo que se me oferece dizer para classificar a falta de respeito, quase a roçar o desprezo, com que foram tratadas as gentes do concelho de Vimioso, no passado dia 27 de Fevereiro, redundando num lamentável fiasco a prometida, agendada e muito propalada visita do primeiro ministro Dr.


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