Em 1932 é dada à luz a primeira edição de Páscoa Feliz da autoria de José Rodrigues Miguéis, tão notável como esquecido escritor. Os homens do foro, de todas as condições e escalões, ganhavam saberes se, pelo menos, lessem as sete páginas do primeiro capítulo, os outros, nós, ficaremos enriquecidos espiritualmente lendo a totalidade da novela.
A opinião de ...
Há sempre uma primeira vez. É certo que tenho conhecimento da existência, na região e não só, de grupos organizados para a realização de atividades relacionadas com a atividade física das caminhadas. Uns menos formais que outros, é certo. Porém, nunca tinha integrado nenhum. Mas, desta vez, aconteceu! Motivado, não só pelo facto de ser realizado na freguesia, onde nasci, cresci e com a qual me identifico, de corpo e alma, mas também pelo convite/sugestão do líder autárquico da mesma, decidi participar, numa caminhada. Na manhã do passado sábado, treze de Março, lá fui eu.
O Senhor Arcebispo de Braga convidou-me para juntamente com o Dr. Miguel Cadilhe e o Engenheiro João Proença participar numa sessão que era suposto dar conta do meu olhar sobre a economia.
Pensei que seria interessante acompanhar o meu olhar de um outro olhar, o olhar do Papa, através da exortação Evangelii Gaudium.
Las cuntas son mitos an pequeinho.
Claude Lévi-Strauss, Anthropologie structurale
O Triangulo das Bermudas, um mistério ainda por desvendar
Nos tempos em que vivemos muitas vezes se fala em acidentes aéreos, mais, desconhece que por hora voam milhares de aviões em todo o mundo sem haver um único problema grave em termos de segurança.
Vamos aos factos: António Costa promoveu a destituição de António José Seguro, ao arrepio da legalidade estabelecida a meio de um mandato que os militantes lhe tinham legitima e democraticamente conferido e que só terminaria, segundo as regras vigetes, depois das legislativas. A razão para o “golpe de estado”, segundo o atual líder socialista, o seu anteccesor não conseguiu capitalizar o descontentamento que a maioria no poder provocou no eleitorado. Era preciso mais. Era preciso fazer melhor.
A mulemba e o grão de areia
Frei Soeiro
Não sei bem se como o filho pródigo dos Evangelhos, se como o peregrino de “Os Simples”, regresso a estas páginas. Houve tempo em que aqui me sentia em casa. Tão à vontade que me autorizava a pensar em voz alta e a ir, rua abaixo, como quem chama amigos para a mesa. Não sendo tão longe esse outrora no tempo, é distância que me proponho encurtar.
No dia 4 de Março, às 9 da manhã (hora do Vaticano), recebia o Papa Francisco delegação portuguesa que lhe ofertava os 30 volumes da Obra Completa de outro ilustre Jesuíta, o Padre António Vieira. Às 18 horas romanas, na igreja de Santo António dos Portugueses, onde Vieira pregara, o bispo Carlos de Azevedo apresentava essa colecção de sermões, cartas, profética, vária.
Nunca acreditei no Pai Natal, no seio de uma família onde era festejado o nascimento do Menino Jesus. Era Ele que, naquela noite fria, me trazia, virtualmente, as prendas deixadas à lareira da minha casa, no bucólico da minha aldeia. Prendas singelas, condizentes com a humildade e a pobreza do Menino, porém carregadas de Amor por todas as crianças. Com os tempos, sociedade e cultura trocaram-Lhe as voltas, quando o Pai Natal começou a adquirir em lojas de luxo o que Ele, na Sua condição modesta, não tinha condições de adquirir.
Em Março marçagão manhãs de inverno tardes de verão! Escutei várias vezes da minha avó e tia este adágio popular sinal da proximidade da primavera e do calor que se aproxima …esperamos nós!
Assim para esta semana uma receita fresca e ligeira vistosa e fácil de fazer e sobretudo económica que os tempos ainda não estão para grandes folias.
Ingredientes:
Nas tertúlias entre amigos, quando a conversa resvala para os direitos da pessoa humana, gosto de referir um princípio: “direitos humanos são todas as liberdades que um homem tem só pelo facto de ser homem”. Estas liberdades não têm limites a não ser os direitos (liberdades) reconhecidos a outros homens; como alguém já disse, a minha liberdade começa quando começa a de outro homem.
Há homens que deixaram uma marca indelével na história da nossa diocese. D. Abílio Augusto Vaz das Neves é, seguramente, um desses. Foi escolhido para bispo de Bragança uns meses antes de se iniciar a Segunda Guerra Mundial, a 8 de Dezembro de 1938 e tomou posse a 28 de Março de 1939. No passado sábado, cumpriram-se 35 anos sobre a sua morte. Em tempos conturbados e numa diocese com parcos recursos, conseguiu deixar uma obra notável. Concluiu o edifício onde funciona o seminário, edificou o Colégio de S.
Noite calma, de fresca aragem, agradável. Por convite irrecusável lá fomos ao encontro do mundo para sítio onde a vida fervilha, pujante de juventude. Desembocar no Camões vindo das entranhas da terra é obra, arte ilusionista. O carro ficou a dormir lá no piso zero seis onde o betão aguenta muito escombro do terramoto de mil setecentos e cinquenta e cinco. O elevador despeja quatro sexagenários, adiantados, ali mesmo ao lado do cronista que, do alto do pedestal, nos observa.
Abyssus Abyssum, e o Sultão foram, desde sempre, os meus contos favorito dos Meus Amores de Trindade Coelho. Sempre me fascinou a atração que a presença do precipício exerce sobre quem dele se aproxima ou caminha à sua beira. Olhando para a política partidária portuguesa sentimo-nos, como o escritor mogadourense a olhar, sem nada poder fazer, o António e o Manuel a meterem-se no pequeno barco e a largarem, rio abaixo, em viagem irreversível em direção ao abismo.
A atividade agrícola exige uma atenção constante e um trabalho incessante.
É certo que a azáfama nos tempos atuais, nada tem a ver com o passado, sobretudo quando a agricultura não era mecanizada e quase tudo acontecia decorrente força humana, ou dos animais, pura e dura.
Amadeu Ferreira faleceu, aos 62 anos, no dia 28 de Fevereiro,vítima de um cancro no cérebro que o fez sofrer imenso durante mais de um ano. Mas Amadeu só morreu fisicamente. Foi um exemplo para o país e para a sua região e terra natais. Obrigado, Amadeu.
Era ua beç
un lhobico buono
al que maltratában
todos ls cordeiros.
José Agustín Goytisolo
A questão da Grécia está muito complicada e vai ficar pior. A razão dessa situação é evidente mas também ignorada. O motivo é que ninguém está realmente a discutir a questão da Grécia. Nem os governos gregos –o actual de extrema-esquerda como o predecessor de centro-direita ou o anterior a esse, de centro-esquerda–, nem a União Europeia, nem a esmagadora maioria dos jornais, discursos e conversas, realmente discutem a questão da Grécia- Por isso, não só não se resolve, mas fica sucessivamente pior.
Não fomos íntimos. Nos encontros repartíamos joviais efusões tendo sempre como pano de fundo as nossas terras, as nossas gentes. Na última vez retirou da cabeça a titular boina, vislumbrei pequena incisão, os olhos disseram tudo, o sorriso desmaiado revelou conformismo. Há um mês o escritor Ernesto Rodrigues seu íntimo amigo disse-me do agravamento da maleita, via Internet chegou-me a notícia da morte do indómito Mirandês, o qual personificava o dito pessoano sobre a Pátria ser no caso dele a língua mirandesa. Dizer o quê?
Padre, médico, professor: no discurso rural português, fazia-se diferença entre alma, corpo e espírito; entre vocação, enquanto chamamento do Alto, e profissão, arbitrada pelos homens. O mestre-escola nem sempre cursara, e bastava-se minimamente habilitado; médico ou físico podia ser um barbeiro sangrador, alguma discreta mezinheira. Já padre era um estado vinculado ao Além, exigindo, afora uma fé poderosa, doze anos penitentes, de indiferença às seduções do mundo e sacrificado estudo. Outros cursos venciam-se pela metade, ou nem isso.