Um mês e meio se passou desde a realização das eleições autárquicas e do autêntico terramoto político que se abateu sobre o PSD de Bragança.
Os efeitos do embate ainda hoje se fazem sentir em réplicas como a verificada na mais recente reunião da Assembleia de Secção Concelhia, no sábado, e que desenterraram mesmo algumas recordações do fundo do baú.
Outrora aliados, Hernâni Dias e Jorge Nunes estão, agora, em lados opostos da barricada e trocam acusações sobre as responsabilidades de cada um no resultado eleitoral.
A opinião de ...
QUESTÃO-“…o que ainda é possível fazer para que possamos aumentar o reembolso do IRS relativamente ao ano corrente…”
Fulminante mas perdurável. O novo álbum de Rosalía apanha todos, prevenidos e desprevenidos, e faz-nos voar para outra dimensão. Fortíssimo. Com uma música extraordinária, vozes e instrumentos autênticos, em cocktail com elementos electrónicos e techno, simbolismo das imagens dos videoclips, letras, duma genial poética e adesão à realidade – fazendo-as intemporais, tão íntimas! Emoção, indescritível, a despertar escondidos, profundos e esquecidos sentimentos.
Não é inocentemente que, perante o radicalismo paranoico que, passado meio século, ainda não quis ou não foi capaz de compreender e aceitar toda a importância que tiveram, tanto o 25 de abril de 1974, como o 25 de novembro de 1975, ambos vitais, ainda que em contextos diferentes, o primeiro para o derrube do regime totalitário e fascista e o segundo para travar a perigosa e perigosa deriva totalitária, ainda que de sinal contrário, capaz de por em sério risco o sucesso futuro da ação dos capitães de abril.
Poupar para a reforma é hoje uma necessidade urgente em Portugal. A esperança média de vida aumenta, mas o valor das pensões tende a diminuir, o que coloca em risco a qualidade de vida dos futuros reformados.
Hai uns tiempos zafiórun-me para falar, nuas Jornadas, subre ls lhaços antre las lhénguas i la pátria. Penso you qu’esse zafio haberá salido de l’eideia de ‘pátria lhenguística’, presente na conhecida fraze de Fernando Pessoa (Bernardo Soares), “la mie pátria ye la lhéngua pertuesa”. I la berdade ye qu’eilha yá fizo correr muita tinta, indas que, penso you, poucos conhéçan las outras palabras de l parágrafo adonde stá!
«Não faz sentido investir dinheiro público numa casa privada». Com estas palavras, o Eng. Jorge Nunes, Presidente da Câmara de Bragança [1998 a 2013], defendia assim, perante os jornalistas, o porquê de não se investir na casa do Abade Baçal [9-4-1865/ 13-11-1947].
No nosso último artigo (6 de Novembro) fizemos o enquadramento geral do «25 de Novembro».
Estou a imaginar o meu “velho” amigo e colega Marcolino, ali de S. Martinho de Angueira, Miranda do Douro, professor reformado do ensino primário, como se designava então – lembras-te, Marcolino?! – e cesteiro nas horas vagas, quando os vimes dão de si, e pauliteiro de verdade, e ator de cinema quando lhe acodem à porta a solicitar novidades, a sorrir e pensar: cá está o Paulo a brincar, utilizando uma palavra estrangeira. Tens razão, pois poderia escrever “rolar”! Mas sabes, Marcolino, utilizamos tantas palavras estrangeiras! Não temos nós uma língua que nasceu de tantas?
Um médico europeu, com reputação mundial, há pouco mais de um ano, quando trabalhávamos no orçamento que caberia à investigação de apoio à sua atividade, reclamou para si o título de melhor cirurgião na sua especialidade e, por isso, lhe eram devidas condições excecionais para a continuação do seu trabalho. Não tenho conhecimento suficiente (nem perto disso) para atestar ou contestar a sua afirmação.
Se tudo correr como previsto, e se para tal houver coragem, dignidade e sentido de estado da parte de todos os responsáveis políticos intervenientes neste processo, durante as duas próximas semanas, o Orçamento do Estado para 2026, já aprovado na generalidade, volta à Assembleia da República para, finalmente, ser discutido e votado na especialidade.
1. Teve o Sr. Diretor do Agrupamento de Escolas Dr. Ramiro Salgado, de Torre de Moncorvo, Prof. Miranda Rei, com apoio dos seus colaboradores, a amabilidade de me dirigir o convite para apresentar o meu livro “Encruzilhadas no Império” aos alunos do Secundário. Para mim, uma honra e um privilégio participar neste evento memorável, ao qual devotei o meu maior entusiasmo.
O projeto do Museu da Língua Portuguesa (MLP), já nos idos de 2020, teve a autoria e selo politico do anterior Presidente, Dr. Hernâni Dias.
Todos os membros do executivo, à data, sem exceção, foram entusiastas da ideia, por se entender constituir uma mais-valia e um polo de referência cultural a nível (inter)nacional, essencial para a dinamização económica e sócio-cultural de Bragança.
Porém, o Projeto, a sua ideia e projeção, não se confunde com o que foi, e é, a sua ineficiente execução material e questionável gestão técnica e política.
Num contexto em que o marketing influencia diariamente o que colocamos no carrinho de compras, torna-se essencial desenvolver um olhar crítico e fazer escolhas mais conscientes, baseadas em informação e não apenas em estratégias de publicidade.
Muitas vezes, não é o sabor que decide que alimentos compramos, mas sim a embalagem colorida ou o anúncio divertido que vimos na televisão ou nas redes sociais através de um influencer que seguimos.
(continuação na edição anterior)
Em 2013, para apoiar o candidato Júlio Meirinhos, demiti-me de militante do PSD. E essa condição mantenho-a hoje.
Sem qualquer ressentimento ou problema de consciência.
Alias, durante mais de 20 anos, fui alertando, publicamente, para os riscos que o PSD de Bragança corria se continuasse a deixar-se putinizar política e estratégicamente.
Os iluminados da ocasião apressavam-se a dizer de mim o que Maomé não disse do toucinho e continuavam a meter a cabeça debaixo da areia.
Como é normal, em consequência da recente aprovação na generalidade na Assembleia da República, do Orçamento Geral do Estado para 2026, está a decorrer o período regimental de tempo concedido aos deputados da Assembleia da República para analisar, discutir e votar todas as propostas de alteração ao texto já discutido e aprovado na generalidade, para entregar no plenário para discussão e posterior votação na especialidade, todas as eventuais propostas de alteração, que possam contribuir para a melhoria e concomitante aprovação por maioria deste importantíssimo documento para a governação d
Os últimos dias foram pródigos em trocas, com acusações de vira-casacas.
Isto porque um elemento da lista do Partido Socialista (aliás, o número dois) se incompatibilizou com a líder e acabou por passar à condição de independente, tal como o Mensageiro tinha revelado em primeira mão logo na semana seguinte às eleições.
Esse movimento, que a lei autárquica prevê, ameaçou minar a maioria histórica conquistada por Isabel Ferreira.
Quando olhamos através do para-brisas de um automóvel raramente pensamos na ciência e engenharia que o tornaram tão seguro e funcional. À primeira vista parece uma simples superfície transparente mas o vidro, que nos separa do vento, da chuva, etc., resulta de um século de inovação tecnológica.
No dia 12 de outubro, Bragança fez história. Pela primeira vez em vinte e oito anos, o Partido Socialista venceu as eleições autárquicas no município. A vitória foi clara, inequívoca, e coroou Isabel Ferreira como a primeira mulher a presidir à Câmara Municipal de Bragança, a primeira doutorada a ocupar o cargo e a primeira ex-governante a assumir funções de edil brigantina. Um triunfo, dir-se-ia, que marcava o fim de um ciclo e o início de outro. Só que, em política, o que começa em euforia raramente acaba em serenidade.
Tinha assumido que não iria comentar o resultado das eleições autárquicas.
Numa cidade infestada de muitos galardoados com o Nobel do chicoespertismo, do pedantismo, da petulância, do cinismo e do oportunismo, não posso (nem devo) assobiar para o lado.
De facto, há apenas 1 vencedora e 3 derrotados nestas autárquicas: a Prof. Drª Isabel Ferreira é, sem dúvida, a grande vencedora; o PSD e o PS são 2 derrotados. O 3º deixo aos leitores a capacidade de definir e escolher.
